Por Samantha Klein
— Brasília
03/05/2024 15h55 Atualizado há 13 horas
Ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck — Foto: Pedro França/Agência Senado
A ministra da Gestão, Esther Dweck, confirmou o adiamento do Concurso Nacional Unificado por conta da tragédia no Rio Grande do Sul. Ainda não há nova data para aplicação dos exames. O entendimento do governo federal foi que a manutenção poderia trazer uma avalanche de recursos contra a União em caso de manutenção da aplicação das provas no próximo domingo (5), com prejuízos aos candidatos gaúchos.
Dweck destacou que o edital previa o eventual deslocamento dos locais de realização de provas no caso de alguma sala de aula ter qualquer tipo de dano no dias das provas. Porém, o edital do CNU não previa evento com tal grau de destruição ao ponto de inviabilizar a execução dos teste. A ministra disse que após uma série de análise de cenários, a conclusão é que "seria impossível aplicar as provas no Rio Grande do Sul". Ela ainda disse que até esta quinta-feira o Planalto considerava que seria possível garantir a aplicação com segurança.
Segundo Dweck, o adiamento vai garantir segurança jurídica para o concurso e igualdade de condições para todos os concorrentes. “Com o adiamento a ideia é que todos os candidatos vão realizar as provas com as mesmas condições. Essa é a ideia do CNU desde o início”.
A cúpula do governo bateu o martelo a respeito do adiamento somente no final da manhã desta sexta-feira. Entre os argumentos para referendar a decisão estão o fato de Lula ter ido nesta quinta-feira ao Rio Grande do Sul conferir os efeitos devastadores do fenômeno ambiental. Já são 37 mortos e mais de 70 desaparecidos, conforme a Defesa Civil do Estado. No caso de Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo determinou nessa sexta-feira (3) a evacuação do centro da cidade em razão da enchente do rio Guaíba.
O prejuízo com o adiamento das provas será de aproximadamente R$ 50 milhões.
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