Por Redação CBN
Vista aérea da rodovia ERS-448 em Canoas, no Rio Grande do Sul. Foto: Nelson Almeida/AFP — Foto: CBN
O governo do Rio Grande do Sul está usando drones e imagens de satélites para monitorar as áreas de inundação ao longo do estado, devido aos temporais que têm atingido o território gaúcho. Após identificar as áreas afetadas, os técnicos cruzam as informações com dados oficiais do censo do IBGE, do Cadastro Único do governo federal e de cadastros de programas estaduais.
Dos 469 municípios gaúchos atingidos pelas fortes chuvas, 224 já foram mapeados. Nessas cidades, a enchente afetou diretamente 267 mil residências e 109 mil empresas.
Neste sábado, o governador do estado, Eduardo Leite, visitou algumas dessas áreas. Em entrevista ao Jornal Nacional, ele estimou um prazo de cerca de um ano para a reconstrução das regiões atingidas pelo desastre e explicou como isso deve ser feito.
"Para as famílias mais carentes, de baixa renda, que perderam as suas casas, a gente está já encaminhando a construção de casas definitivas, em modos construtivos rápidos, que são, por exemplo, blocos de concreto, sempre olhando terrenos que não tenham sido atingidos pelas inundações, sempre olhando uma reconstrução que tem que respeitar essas novas condições climáticas, o novo patamar que o rio tenha alcançado. Então essa reconstrução precisa ter esse olhar também. Isso leva tempo, em algumas situações de seis meses a um ano para poder se restabelecer, eventualmente um pouco mais do que isso, dependendo da complexidade da obra" explica.
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, afirmou à TV Globo que o governo federal vai ajudar a recuperar escolas, unidades de saúde e rodovias.
"As prefeituras fazem o cadastro, destinam o terreno e o Governo Federal concede o valor para a compra do imóvel usado. Nós também requisitamos todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para fazerem parte desse programa. E vamos também adquirir os imóveis que a iniciativa privada está construindo e se enquadram nessa faixa de valor" detalha.
Ele também disse que pretende implementar um programa para reconstruir as casas de quem ganha até quatro mil e quatrocentos reais por mês.
Quase seiscentas mil pessoas foram desalojadas devido às cheias no estado, e pouco mais de 55 mil estão em abrigos. De acordo com a última atualização da Defesa Civil, 166 pessoas morreram e 61 permanecem desaparecidas.
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