Foto: CCOM
Durante a realização do Investing in Piaui - Brazil, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o governador Rafael Fonteles apresentou o Piauí como estado que se posiciona fortemente na estratégia de desenvolvimento econômico, com as melhores condições de produção de hidrogênio verde.
No evento, organizado pelo Financial Times, em parceria com a Investe Piauí, Rafael afirmou que o hidrogênio verde, está movimentando a indústria e os países em razão da preocupação com as mudanças climáticas e a transição energética. "Então, acreditamos que, de fato, os combustíveis fósseis irão migrar para outro tipo de molécula que não emite o gás carbônico, e essa molécula é o hidrogênio. Entendemos que o Brasil e, em especial, o Piauí, tem as melhores condições do mundo para a produção do hidrogênio verde mais competitivo", disse.
Dentro desse cenário, Rafael explica que o Brasil tem uma característica singular, com um sistema elétrico totalmente integrado, ou seja, tem um grid totalmente integrado. "Temos uma matriz brasileira de fontes renováveis superior a 90% e, no caso do Piauí, chega a 100%", relata, enfatizando que o Nordeste produz, atualmente, mais de três vezes a quantidade de energia consumida na região.
"Nós já exportamos esse excedente de energia limpa para o Sudeste, que concentra a maior parte das indústrias do país e esse insumo é responsável por quase 70% do custo do hidrogênio verde. Soma-se a isso a abundância de água que temos no nosso estado, além da Zona de Processamento de Exportação e a nossa grande capacidade institucional de atuar nessa agenda, tanto que já atraímos dezenas de memorandos de entendimentos assinados, com destaque para dois grandes projetos: da Solatio e da Green Energy Park, diz o governador.
A empresários e investidores, Rafael relatou que o Piauí tem o terceiro maior parque eólico do Brasil, o terceiro maior parque solar do Brasil e, individualmente, já tem o maior parque eólico da América Latina. "Temos uma vocação natural, por causa da incidência de sol e vento. E o Piauí acredita que é através dessa molécula, do fato de ser tornar um hub de energia limpa, que o estado vai conseguir atrair outras indústrias, que vão ter que fazer seus produtos com a pegada verde", explica, citando que, cada vez mais, o carbono vai ser tributado, como ocorre já neste ano na Europa.
De acordo com Rafael, haverá um prêmio pago aos produtores que forem de origem verde. "Isso vale para o aço, o fertilizante, o combustível de navio e de avião. “Uma série de indústrias intensivas em energia faz com que tenhamos vantagem competitiva para atrair para esse hub de hidrogênio. É algo que a gente sabe que é de longo prazo, porém, as decisões de investimentos estão acontecendo agora", ressalta.
Da Redação
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