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14 de mai. de 2024

Filho de 13 anos lutou contra agressor e tentou apagar chamas para salvar mãe

 Foto: Reprodução 

Por Adriana Magalhães 

A Polícia Civil de Altos informou que Flávio Henrique Andrade Pinheiro, de 13 anos, lutou contra o caminhoneiro Marcos Fortes de Sousa e tentou apagar o fogo de sua mãe, Helione de Andrade Pereira. O jovem teve cerca de 90% do corpo queimado, foi internado, mas não resistiu aos ferimentos. A mulher morreu durante o crime, ocorrido no dia 3 de maio. 

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"As vítimas informaram que tanto o menino quanto as duas mulheres tentaram impedir que Marcos matasse Helione, mas em virtude do porte físico dele não tiveram sucesso. A mãe, uma idosa de 80 anos, arremessou objetos contra o agressor na tentativa de impedir que ele matasse sua filha. Já o menino chegou a entrar em luta corporal contra o agressor e tentou apagar as chamas do corpo da mãe e nessa ação teria sofrido severas queimaduras. Ele desfaleceu sobre o corpo da mãe e, em virtude da gravidade dos ferimentos, foi o último a deixar o local porque as equipes do SAMU tiveram dificuldade para estabilizar a vítima antes de iniciar a transferência para o hospital", relatou.

O inquérito aponta ainda que o crime foi premeditado e que Marcos Fortes de Sousa comprou a gasolina utilizada para incendiar sua ex-companheira e mais três pessoas, em um posto de combustíveis no município de Altos, horas antes de cometer os crimes. Ele chegou à residência de Helione de Andrade portando uma arma de fogo, uma faca e um galão de gasolina, e que nenhuma discussão teria acontecido antes do ataque.

Foto: Adriana Magalhães/TV Cidade Verde 

"Ele chegou de forma inesperada e já jogou gasolina em Helione e ateou fogo. Em seguida, ele fez o mesmo com as outras duas vítimas. Com a investigação, ficou claro que ele atentou contra a vida das outras duas mulheres, mãe e irmã da vítima, porque jogou gasolina nelas e ateou fogo. Ele não colocou fogo na residência, apenas jogou o combustível em cima das vítimas", acrescentou o delegado André Moreno.

A mãe, Maria do Desterro Mota Pinheiro, de 84 anos, e a irmã, Joana de Andrade Pinheiro, 57 anos, foram ouvidas pela polícia na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde estão internas desde o crime. Elas tiveram queimaduras em 40% do corpo e não têm previsão para deixar a unidade de saúde.

"Em virtude das queimaduras e do choque psicológico que sofreram, elas fizeram um esforço muito grande para prestar depoimento e nos ajudar a elucidar esse crime bárbaro", afirmou o delegado.

Além de atear fogo nas vítimas, Marcos Fortes teria efetuado cerca de cinco disparos de arma de fogo, mas não conseguiu acertar nenhuma das vítimas.

No dia do crime, a perícia encontrou um coldre, mas a arma usada pelo caminhoneiro não foi localizada. A polícia acredita que um popular, que adentrou a casa para ajudar as vítimas, possa ter retirado a arma do local.

Histórico de violência doméstica

Foto: Arquivo Pessoal 

Marcos Fortes de Sousa já tem histórico anterior de violência doméstica. Contra ele foi encontrado um boletim de ocorrência.

"Esse boletim não tem relação com esse caso. Ele foi registrado, se não me falha a memória, em 2019 por outra vítima. Mas já mostra que o agressor tem um perfil violento", salienta o delegado.

O homem encontra-se internado no HUT, sob custódia da Polícia Civil. Ele está em estado grave, apresenta queimaduras nos membros inferiores e superiores e, ainda, um ferimento no pescoço, que teria sido provocado por ele com a mesma faca que usou para esfaquear a ex-companheira. Ele está entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade. Contra ele, há um mandado de prisão preventiva.

Ele será indiciado pelos crimes de feminicídio, feminicídio tentado duas vezes (contra a mãe e irmã de Helione), homicídio qualificado (menor de 14 anos e meio cruel contra Flávio Henrique) e incêndio.

Fonte cidade verde


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