O Comitê Piauiense de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes promove desde as 7h desta sexta-feira (17), em Teresina, o Dia D de enfrentamento à violência sexual infantil no Piauí. A ação mobiliza a sociedade e instituições governamentais e não governamentais em alusão ao dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
A concentração reúne vários serviços e instituições que atuam na promoção e na garantia de direitos de crianças e adolescentes, com seus respectivos públicos. A data é simbólica, já que no dia 18 de maio de 1973, Araceli, de apenas 8 anos, foi raptada e abusada sexualmente por jovens de classe média alta. A criança veio a óbito logo depois da série de abusos, e mesmo após 50 anos os responsáveis por tal crueldade nunca foram devidamente punidos.
De acordo com a secretária executiva da Ação Social Arquidiocesana (ASA), Carla Simone, o movimento nasceu da união de esforços dos órgãos governamentais e não governamentais, com o propósito de sensibilizar e levar informações à população a respeito da importância de combater esse tipo de violência contra a infância.
Ela complementa afirmando que a sociedade ainda precisa progredir para erradicar a prática da violência sexual contra as crianças e os adolescentes. “Muitas vezes essas práticas são naturalizadas e banalizadas. Precisamos nos indignar com essa prática e mudar esse cenário, e é a partir da consciência e da sensibilização de cada um que vamos conseguir combater esse mal, disseminando informações e fazendo denúncias”, disse.
Seguindo o cronograma das atividades, as crianças e adolescentes seguem para o auditório da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, na zona Leste da capital, onde será realizado o lançamento de dados do Projeto Mapear, iniciativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em relação aos índices de violência sexual no estado do Piauí, além de apresentações artísticas com crianças e adolescentes.
A promotora de Justiça do MPPI, Joselisse Nunes, informou que durante o lançamento estarão presentes a Secretaria de Segurança, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça. “Estamos contando com a presença desses órgãos para que juntos, como uma grande rede, possamos diminuir esses dados que serão lançados”, pontuou.
Para denunciar casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, o Disque 100 é o canal oficial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Também é possível realizar denúncias pelo Conselho Tutelar, Ministério Público, órgãos policiais e delegacias especializadas.
Da Redação
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