Por Redação
15/05/2024 06h19 Atualizado há uma hora
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. — Foto: Roque de Sá/Agência Senado
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta quarta-feira (dia 15) para apreciar a troca de comando da estatal. Depois de um longo processo de fritura, Lula demitiu o presidente da empresa, Jean Paul Prates, com quem não se entendia sobre o papel da companhia e sobre o grau de interferência do governo em suas atividades.
O senador petista será substituído pela engenheira e ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo no governo Dilma, Magda Chambriard.
A queda ocorreu um dia depois da divulgação do balanço da Petrobras, que registrou queda de 37% nos lucros da empresa no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Após o anúncio da demissão, as ações da Petrobras caíram 7% na Bolsa de Valores de Nova York.
O presidente justificou a substituição pela demora na “entrega de promessas” e na execução de projetos considerados essenciais para o País.
Na mensagem de despedida, Jean Paul Prates disse que a missão dele foi "precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa”.
Polêmicas desde o início do governo
Ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia — Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo
Desde o início do governo, Jean Paul Prates e o ministro Alexandre Silveira divergiam sobre os rumos da Petrobras. Os atritos aumentaram em março, quando o conselho da empresa decidiu não pagar dividendos extraordinários, como são chamados lucros não recorrentes
Jean Paul Prates defendia distribuir metade do valor e reter metade e correu risco de demissão já naquela época.
No fim de abril, como uma solução para o impasse, a empresa mudou de ideia e aprovou a distribuição, em duas parcelas, de metade dos dividendos extraordinários.
Jean Paul Prates é o quinto presidente que deixa a Petrobras em pouco mais de três anos.
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