Por Laís Vieira
— Rio de Janeiro
20/04/2024 14h20 Atualizado há 15 horas
Idoso levado morto a banco no Rio estava vivo ao sair de casa, mas inconsciente, diz delegado — Foto: Reprodução
A advogada de Érika de Souza Vieira Nunes, a sobrinha de Paulo Roberto Braga, o "tio Paulo", de 68 anos, que foi encontrado morto enquanto ela tentava sacar um empréstimo em um banco em Bangu na última terça-feira (18), disse que a mulher foi atacada por outras detentas que jogaram água e comida nela como forma de represália dentro do presídio de Benfica, no Rio de Janeiro. A defensora, Ana Carla de Souza Corrêa, disse que pediu o isolamento de Érika até que ela seja transferida para outra unidade prisional.
"Ela recebeu uma represália das próprias presas, que jogaram a água e comida nela e, depois, foi colocada numa cela reservada", relata advogada. Ela foi super bem-recebida e tratada por toda a parte dos agentes, da polícia penal, da Polícia Militar, da Polícia Civil, conforme a lei. Ela teria sido mal recebida pelas presas, porque, segundo o entendimento agora das presas, era como se ela fosse uma pessoa ruim, capaz de matar um senhor de idade, que não é verdade. A gente solicitou que ela fosse resguardada e prontamente foi atendido, ela permanece em Benfica e pode ser que ela seja transferida a qualquer momento."
A advogada de Érika esteve no velório e no enterro do idoso que aconteceu no início da tarde deste sábado (19), em uma cerimônia simples no Cemitério de Campo Grande. A família conseguiu o sepultamento gratuito, um benefício da Prefeitura do Rio.
A defesa afirma que Erika tem depressão e teve “um surto de um efeito colateral” e só percebeu que o tio morreu quando o Samu chegou e atestou o óbito. Além disso, a advogada alega que Érika precisa ser solta para cuidar da filha especial.
Um vídeo feito por funcionários da agência do banco Itaú de Bangu mostra o momento em que Érika de Souza Vieira Nunes, tenta liberar um empréstimo de R$ 17 mil na frente do idoso que estava morto.
Érika está presa e vai ser indiciada por pelo menos dois crimes: furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. A informação foi confirmada à CBN pelo delegado responsável pelo caso. De acordo com Fábio Souza, já há elementos suficientes para garantir que o idoso morreu antes de entrar na agência bancária.
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