Reunião sobre ataques do Irã termina sem consenso no Conselho de Segurança da ONU

14/04/2024 19h31 Atualizado há uma hora


Reunião do Conselho de Segurança da ONU — Foto: David Dee Delgado / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP




Terminou sem consenso a reunião de emergência realizada neste domingo (14) pelo Conselho de Segurança da ONU, a pedido de Israel, para discutir o ataque do Irã ao país.


O representante israelense no órgão, Gilad Erdan, pediu que a ONU que imponha sanções ao Irã e passe a considerar a Guarda Revolucionária Iraniana uma organização terrorista.


Ele afirmou que as forças de segurança de Israel têm direito de retaliação, após o Irã disparar mais de 300 drones e mísseis para atacar territórios do país neste sábado (14). Erdan ainda comparou o governo iraniano ao nazismo, dizendo que o aiatolá do país não é diferente de Hitler.


O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, defendeu as ações do país como "direito inerente à autodefesa", diante do ataque de Israel ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, em 1º de abril. Ele ressaltou que o Irã notificou a ONU com antecedência que faria o ataque e agiu dentro do direito internacional nas ações militares deste sábado.


Já os Estados Unidos pediram cautela por parte dos dois países, ao mesmo tempo em que exigiram uma condenação de Teerã pelo ataque. O vice-embaixador americano na ONU, Robert Wood, afirmou que a organização deve apelar ao Irã para conter uma escalada no conflito e evitar mais violência.


O secretário-geral da entidade, António Guterres, também pediu cautela. Segundo ele, o Oriente Médio "está à beira do abismo" e há um perigo de um conflito em larga escala.


Guterres afirmou que é o momento de 'desescalar' a situação e exercer o máximo de contenção".


Neste domingo, mais cedo, o G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, condenou o ataque de Irã contra Israel.