Por Dara Russo
20/04/2024 14h06 Atualizado há 15 horas
Viatura da Polícia Civil de Minas Gerais — Foto: Divulgação / Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais começou a ouvir mulheres que denunciam erros médicos cometidos pelo cirurgião plástico Felipe Villaça após a realização de cirurgias plásticas. Villaça é dono de uma rede de clínicas com quatro unidades em Belo Horizonte. Ao todo, há um grupo de 40 mulheres que denunciam ter sofrido erros médicos e buscaram a polícia para denunciar o caso. Os problemas ocorreram no pós-operatório.
O advogado que representa as vítimas, Roberto Barros Armond, diz que as mulheres reclamam de deformação, infecção e até necrose:
"Logo após o procedimento cirúrgico, elas notaram algo estranho, algo diferente em seu corpo. Elas o questionaram em relação a essas manchas roxas na pele e ele sempre tratava essas manchas de forma natural, falava que isso era normal, que era parte do procedimento cirúrgico. Só que essas manchas, essas necroses, essas lesões, elas foram aumentando, foram agravando e foram ficando cada vez piores, e aí foi saindo secreção, aumentando o tamanho da lesão."
Em junho de 2023, a Polícia Civil já havia iniciado uma investigação para apurar denúncias de problemas em pacientes no pós-operatório em procedimentos realizados pelo médico.
Felipe Villaça tem 175 mil seguidores nas redes sociais. Na internet, o profissional se apresenta como especialista em resultado de alta performance. No perfil, ele também mostra resultados de cirurgias bem-sucedidas.
A Polícia Civil de Minas orientou que, em caso de novas vítimas, é necessário procurar uma delegacia de Polícia Civil para o devido registro de ocorrência e demais medidas legais cabíveis.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais informou que todas as denúncias recebidas são apuradas e que todos os procedimentos tramitam sob sigilo. No site do Conselho, o registro do médico está regular.
Depois da repercussão do caso, no ano passado, Villaça disse que oferece "o que há de melhor em cirurgias plásticas no mundo" e que é "perseguido por uma quadrilha" que busca reembolso e não suporta o sucesso de um médico. Nesta sexta-feira, (19) a CBN fez contato com a clínica do médico para um posicionamento, mas não teve uma reposta.
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