Por Redação
— Rio de Janeiro
01/04/2024 06h19 Atualizado há uma hora
Lula durante a reunião ministerial no Palácio do Planalto — Foto: Ricardo Stuckert / PR
Após o presidente Lula optar por não se manifestar sobre o aniversário do golpe militar, membros do governo se posicionaram de forma discreta sobre o assunto neste domingo.
Oito dos 38 ministros fizeram referências ao tema nas redes sociais, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff. Entre eles, o chefe da Secretaria de Comunicação do governo, Paulo Pimenta, que afirmou que a defesa da democracia é um desafio diário e que a esperança derrotou o ódio.
Posições semelhantes também foram manifestadas por Camilo Santana, da Educação, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, que classificou o período como um momento de “violência e mentira”. Também escreveram sobre o golpe as ministras Sonia Guajajara, dos povos Originários; Cida Gonçalves, das Mulheres, além do Advogado-Geral da União, Jorge Messias.
No início do mês, o governo Lula orientou as pastas a não fazerem atos em memória da data, que marcou os 60 anos da ditadura. A posição foi criticada por historiadores e familiares das vítimas.
Também neste domingo o aniversário do golpe foi discutido no Supremo Tribunal Federal, que analisa uma ação sobre os limites das Forças Armadas.
O ministro Flávio Dino classificou as funções dos militares como subalternas, conforme prevê a Constituição. O magistrado se posicionou contra um suposto poder moderador dos oficiais em eventuais conflitos entre os três poderes. Ele acompanhou os votos dos ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. O placar está em 3 a 0 pelo entendimento.
Entusiasta do golpe, o ex-presidente Jair Bolsonaro manteve silêncio sobre o tema, postando apenas uma mensagem sobre o domingo de Páscoa.
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