Por Yala Sena
Deputadas, vereadoras trans negras reunidas em Teresina denunciam preconceito, violência e pedem legislação por igualdade de direitos. O encontro nacional acontece no Real Palace Hotel até domingo e será apresentado dados sobre a violência e será publicada uma carta de Teresina voltada para os eleitores e pré-candidatos nas eleições deste ano.
Participam do Encontro Nacional de Parlamentares Trans Negras e Negros, a deputada estadual Linda Brasil do PSOL de Sergipe, disse que a presença de parlamentares trans nas Câmaras municipais e casas legislativas estaduais é simbólico e mostra que a população do Nordeste está reivindicando diversidade no parlamento.
“O encontro é para fortalecer nossa luta, dizer que nós resistimos e precisamos de direitos e vamos ocupar e provocar transformações na política. O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo, isso é falta de consciência e conhecimento de liberdade, as liberdades individuais, essa ocupação é necessária para desmascarar os estigmas e estereótipos que geram preconceito e violência para a população LGBTQI+, trans” afirma Linda Brasil.
A vereadora da cidade Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Regininha do PT, disse que é preciso combater a violência e que o preconceito acontece também entre os partidos e as casas legislativas.
“A violência se combate com políticas públicas. A gente combate preconceito desde o momento em que se compreende como identidade trans e transexuais. A violência começa dentro de casa e a rua é um espaço pedagógico” comente Regininha.
Vereadora Thabatta Pimenta (PSOL), deputada estadual Linda Brasil (PSOL) e vereadora Regininha do PT
Participam do encontro as parlamentares Dani Baldi (PC do B/RJ), Benny Briolly, primeira deputada transsexual da Alerj, Carolina Iara, Lins Robalo e a vereadora Thabatta Pimenta (PSOL).
A coordenadora do evento, Jovanna Cardoso, disse que o encontro é um marco político e social na luta pelos direitos das pessoas Trans no país.
A primeira política eleita no Brasil, a piauiense Kátia Tapeti, está presente no evento e destacou a importância de ocupar espaços no legislativo.
“Estou doente, mas estou aqui pra provar que sou pioneira, para provar que precisa combater o preconceito e todas tem direito de ser candidatas e eleitas através do voto” afirma.
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