Por Felipe Igreja
23/04/2024 12h08 Atualizado há uma hora
Lula participa de café da manhã com jornalistas. — Foto: Reprodução
O presidente Lula afirmou que não vê problemas da articulação política do governo com o Congresso Nacional. Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, o petista disse ainda que não vai fazer reforma ministerial neste momento.
Lula afirmou que eventuais embates com o parlamento são situações normais da política e lembrou que o governo conseguiu aprovar uma reforma tributária e outras propostas de interesse no primeiro ano de seu mandato. Por isso, o petista afirma que não vê hoje problemas de articulação com o Congresso.
'Eu, sinceramente, não acho que a gente tenha problema no Congresso. A gente tem as situações que são as coisas normais da política. De todos os processos que o governo mandou para o Congresso Nacional, todos foram aprovados. Todos. Então, qual é a briga com o Congresso? Ou seja, a briga é o normal da diligência política no Congresso Nacional, que tem vários partidos políticos, que tem programa diferente', disse Lula.
Embora o governo tenha enfrentado problemas recentes com o Parlamento, o petista disse que está convencido de que existe uma relação de muita tranquilidade com o Congresso Nacional e de que daqui para frente os projetos serão aprovados e negociados com a presença dos líderes da Câmara, do Senado, ministros responsáveis pelas matérias e também o ministro da Casa Civil . Ele disse que isso vai acontecer porque não há nenhuma diferença que não possa ser superada.
O petista comentou ainda sobre o veto do PL das saídinhas. Ele disse que seguiu orientação do Ministério da Justiça ao tomar a decisão de vetar o texto aprovado no parlamento, mas que se o Congresso Nacional derrubar o veto, ele pode apenas lamentar, mas vai acatar.
Nós vetamos a proibição de um cidadão ou a cidadã que não tenha cometido crime hediondo, que não tenha cometido estupro, que não tenha cometido crime de pedofilia possa visitar os parentes. É uma coisa de família, família é uma coisa sagrada. Então, eu segui a orientação do Ministério da Justiça e vetei. Vamos ver o que vai acontecer se o Congresso derrubar. É um problema do Congresso.
Lula negou ainda problemas na Petrobras, embora o presidente da estatal, Jean Paul Prates, tenha passado por um processo de fritura recentemente, tenha sido cogitada, inclusive, uma troca no comando da estatal. Lula disse que uma palavra mal colocada cria uma semana de especulação, mas que a Petrobras está tranquila e, se a Petrobras está tranquila, o país também está tranquilo.
Ele comentou ainda sobre o ato em Copacabana, no final de semana, realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. O petista diz que não viu o ato porque estava fotografando um João de Barro e que não se preocupa com atos de fascistas. Fernando.
Lula critica avaliações pessimistas
Lula comentou ainda sobre avaliações ruins do governo, mas disse que não está preocupado com a avaliação neste primeiro ano de mandato. Ele disse que político qualquer que tiver preocupação com pesquisa não está preparado para ser político e que, quando sai uma pesquisa no primeiro ano de mandato, é normal que haja uma expectativa maior por parte da população que ainda não tenha sido atendida por esse governo. O petista falou ainda que não esqueceu das promessas de baixar preço de cerveja e picanha, disse que o preço da carne já baixou, mas tem que baixar mais.
Lula também voltou a prometer o desconto, na verdade, o fim do pagamento de Imposto de Renda para quem ganha até cerca de R$ 5 mil. O petista confirmou ainda conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e disse que tem duas coisas que fazem o país crescer: investimento em educação, mão de obra qualificada e também oferecimento de crédito.
Ele reclamou que o problema no Brasil é que tudo é visto como gasto. Dinheiro para a saúde, educação e dinheiro emprestado para pobre é gasto. A única coisa que parece investimento é superávit primário.
O petista falou ainda sobre o anúncio do programa de crédito para a classe média feito ontem e disse que esse foi praticamente o último anúncio feito pelo governo, porque agora será tempo de colher as ações.
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