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5 de abr. de 2024

Jean Paul Prates brinca com suposta demissão, mas aguarda Lula para definir futuro da Petrobras



Por Samantha Klein

— Brasília


04/04/2024 18h45 Atualizado há 10 horas


Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. — Foto: Roque de Sá/Agência Senado




Em meio à fritura pública, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, postou no X (antigo Twitter) uma brincadeira com relação ao debate público sobre eventual saída dele da empresa. No post, que parece ser uma conversa entre um jornalista e a assessoria da petroleira, o interlocutor pergunta se ele sairá da empresa. A resposta foi: "Acho que após às 20:02. Vai para casa jantar e, amanhã, às 7:09, estará na empresa, pois sempre tem a agenda cheia".


Apesar da ironia, Prates aguarda que o presidente Lula o chame ao Palácio do Planalto para debater a situação dele na empresa. A expectativa de Prates é que Lula decida o que fazer, embora ele negue a pessoas próximas que pretenda deixar o cargo. A especulação sobre o comando da estatal cresceu nos últimos dias, com uma disputa cada vez mais aberta entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (4), Silveira reconheceu que há um conflito entre ele e o presidente da Petrobras, mas disse que as divergências são salutares, e não pessoais.



Por outro lado, conforme o jornal O Globo, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, é um dos nomes citados por auxiliares do presidente Lula para comandar a Petrobras, em caso de saída de Prates. O valor das ações da empresa chegou a cair depois de ser ventilado o nome de Mercadante, houve reversão de tendência após decisão que indica a distribuição dos dividendos extraordinários da petroleira. Ao final do dia, as ações da companhia fecharam em baixa.


Mercadante já havia sido cotado durante o governo de transição, mas negou o cargo. Caso ele seja nomeado, um nome possível para substituí-lo é o de Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento.


A turbulência do mercado se explica pela visão distinta que Mercadante poderia ter na gestão da empresa. O atual CEO da empresa, ainda que seja um político, manteve as contas da Petrobras em dia e fez poucas mudanças estruturais, garantindo lucro aos acionista.


Para o analista e head de investimentos Glauco Legat, o trabalho de Prates agrada o mercado, enquanto Mercadante traria dúvidas quando aos caminhos da companhia:



"A indicação do Mercadante, eu acho que abre mais espaço para ser um interlocutor de uma maneira mais prática com o que o Executivo quer executar na companhia. Então, eu acho que o Jean Paul, apesar dele também ser uma pessoa que tem um cunho ali político, com a própria indicação desde o começo do governo, mas era uma pessoa que, de certa forma, acabou colocando a Petrobras basicamente no mesmo status, basicamente nas mesmas ações que vinham dando certo e que tanto o mercado privilegiou", diz.






Aliados




A reportagem da CBN conversou com aliados do governo, em especial, petistas, e o tom é de colocar panos quentes na discussão. Um parlamentar disse que o caso é uma especulação "ridícula e péssima ao país". Segundo ele, a artilharia "não terá sucesso algum, e Jean segue firme e forte, tem total confiança nossa e do presidente".



Outro aliado que é uma "sacanagem para atender interesses do mercado, que não aceita que a Petrobras tenha seu papel estratégico para a transição energética no Brasil".

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