Foto: Roberta Aline / MDS
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, em estudo especial divulgado nesta sexta-feira (19), que o programa Bolsa Família reduz as desigualdades socioeconômicas no Brasil. De acordo com a pesquisa, um em cada cinco lares recebeu benefício do Bolsa Família em 2023.
No último ano, quando a nova versão do programa foi implementada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a coordenação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a proporção de domicílios com pelo menos um beneficiário do Bolsa Família chegou ao maior patamar da série histórica, com 19%. Os maiores percentuais estavam concentrados nas regiões Norte, com 31,7%, e Nordeste, em 35,5% dos lares.
A evolução das rendas deu suporte para a redução das desigualdades, principalmente nessas regiões, Norte e Nordeste. O índice de Gini, que mede a concentração da distribuição de renda em uma população, entre 0 e 1 – sendo quanto mais perto de 0, menor é a desigualdade – teve quedas mais expressivas nas duas regiões.
O estudo apura informações relacionadas ao rendimento recebido pela população, como trabalho, pensões, aposentadorias e outros. A categoria de fontes de renda que inclui o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), além do seguro-desemprego, o seguro-defeso e as bolsas de estudo, chegou a R$ 947 de rendimentos, o maior valor da série histórica.
“A pesquisa do IBGE revela o impacto fundamental do Programa Bolsa Família para o nosso Brasil. Mostra que estamos cuidando do nosso povo, dando oportunidades, melhorando a vida das pessoas. É esse o objetivo do governo do presidente Lula e vamos seguir avançando, vamos tirar o Brasil do Mapa da Fome e vamos continuar reduzindo as desigualdades do nosso país”, comemorou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
O levantamento mostra ainda que entre 2019 e 2023, o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebia o Bolsa Família cresceu 42,4% (de R$ 446 para R$ 635), enquanto entre aqueles que não recebiam, a variação foi de 8,6% (de R$ 2.051 para R$ 2.227).
Na comparação com 2022 (R$ 850), o aumento foi de 11,4%, enquanto em relação a 2019 (R$ 747), o crescimento do valor médio dos outros rendimentos foi ainda mais expressivo (26,8%). De acordo com um dos responsáveis pela pesquisa, o pesquisador Gustavo Geaquinto, o crescimento está relacionado, sobretudo, ao principal programa de transferência de renda do país.
“O valor médio do benefício pago pelo Bolsa Família voltou a crescer em 2023. Isso refletiu no valor médio dos outros rendimentos, principalmente pelo fato de que o rendimento proveniente do Bolsa Família é o de maior peso na rubrica outros rendimentos”, pontuou.
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