Fugitivos voltam à Penitenciária Federal de Mossoró após recaptura

Por Redação

— São Paulo

05/04/2024 06h11 Atualizado há uma hora

Dois foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró são recapturados após 50 dias — Foto: Divulgação/PRF

Os dois criminosos recapturados depois de 51 dias de fuga foram levados de volta, na madrugada desta sexta-feira (5), ao presídio federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Rogério Mendonça e Deibson Nascimento vão ficar em celas separadas e monitoradas. Eles foram presos em Marabá, no Pará, quando atravessavam uma ponte sobre o rio Tocantins.

No primeiro depoimento, ficaram em silêncio.

Os dois viajavam em carros diferentes quando foram abordados. Outras quatro pessoas que ajudavam na fuga, num comboio de três veículos, também foram presas.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a recaptura foi possível depois que a Polícia Federal mudou a estratégia de buscas, investindo em mais inteligência.

Com o grupo, os policiais apreenderam oito celulares, dinheiro, cartão bancário, documentos e um fuzil:

"Constatou-se que os dois fugitivos estavam em um verdadeiro comboio do crime. Três carros foram apreendidos, com vários celulares, com um fuzil. Nessa operação, foram presos não só os dois fugitivos, mas também quatro comparsas. Inclusive, com vários outros carros, estavam se preparando para sair do país", afirmou Lewandowski.

Ondo os foragidos estavam?

Segundo a investigação da Polícia Federal, os bandidos que fugiram da Penitenciária de Mossoró ficaram cerca de um mês escondidos na região e chegaram ao Pará no dia 24 de março, depois de viajar seis dias de barco, partindo do Ceará.

Após a recaptura dos fugitivos, o ministro Lewandowski demitiu o diretor do presídio de segurança máxima de Mossoró, Humberto Gleydson, que chefiava a penitenciária no dia da fuga.

O secretário de políticas penais, André Garcia, disse que a segurança do local aumentou depois do episódio:

"O sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde a data do evento que ocorreu em Mossoró. De lá para cá, trocamos a iluminação. As 10 mil câmeras adquiridas estão sendo instaladas. Parte delas vão ser trocadas e vão reforçar todo parque de monitoramento das unidades que compõem o sistema penitenciário federal. Ou seja, um fato que não vai mais acontecer, porque o trabalho está sendo feito neste sentido", garantiu.