Por Isa Stacciarini
02/04/2024 18h10 Atualizado há 10 horas
Em três meses de 2024, a dengue já matou mais que nos últimos cinco anos, em Belo Horizonte. — Foto: Divulgação
O Ministério da Saúde afirmou nesta terça-feira (2) que o pico da epidemia de dengue passou na maioria dos estados em que a doença registrou mais incidência desde o início do ano até agora. O cenário, porém, é tratado com cautela, especialmente no Nordeste do país, que possui seis estados com tendência de aumento da dengue.
Atualmente, em todo o país, oito unidades da federação registram tendência de queda, entre eles o Distrito Federal, que concentra a maior incidência de dengue a cada 100 mil habitantes, outros 12 têm tendência de estabilidade, mas outros sete estados estão com tendência de aumento, sendo seis só no Nordeste e o Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste.
A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, disse, porém, que, para afirmar que o pico da doença passou em todo o país, é necessário esperar pelo menos mais uma semana para verificar como os 12 estados com tendência de estabilidade vão se comportar, mas ela reforça que o pior já passou nos estados em que a dengue chegou antes, como Distrito Federal e Minas Gerais.
"O que a gente está vendo é que o nordeste não está crescendo na mesma velocidade que os outros estados. Então, isso representa um menor número de casos global, do ponto de vista que outros estados, que começaram como Minas, Distrito Federal, naquele momento, começaram com uma velocidade muito grande de transmissão. Então, nós vamos ainda avaliar. Estamos vendo que o pico passou na maior parte dos estados que começaram antes. A gente tem o nordeste ainda em crescimento. Vamos avaliar ainda uma semana para a gente ver a consolidação dessa queda", explica.
O Brasil possui hoje 991 mortes por dengue e outros 1.483 óbitos estão sendo investigados. Em todo o país, são 2.624.300 casos prováveis de dengue, sendo 24.218 casos graves ou sinais de alarme.
A vacinação na rede pública contra a doença está disponível adolescentes entre 10 a 14 anos, mas, com 668 mil doses programadas para vencerem em 30 de abril e outras mais de 600 mil que vencem em junho e julho, o Ministério da Saúde redistribuiu as doses dentro dos estados para municípios que ainda não tinham sido contemplados com o início da imunização.
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