Por Gabriela Rangel
— CBN
21/04/2024 12h24 Atualizado há 19 horas
Em três meses de 2024, a dengue já matou mais que nos últimos cinco anos — Foto: Divulgação
O alto número de casos de dengue e de síndrome respiratória, o que inclui casos de gripe e covid-19, estão provocando uma alta demanda e esperas longas nos pronto socorros de hospitais particulares.
Há relatos de esperas superiores a quatro horas, como é o caso do Israel Machado, que foi com a mulher na última sexta-noite no Hospital da Luz, na Vila Mariana.
"Nós demos entrada no hospital às 21h50 e só fomos liberados meia-noite e quarenta. Ou seja, foram quase quatro horas de espera. O movimento do hospital estava médio, não estava lotado. Então, nada que justifique essa demora. Eu fiz um exame de sangue, que segundo o enfermeiro, demoraria de três a quatro horas para sair o resultado. Mas no caso da minha esposa, era apenas uma injeção que ela precisava tomar e ela teve que aguardar o mesmo tempo".
Os dois foram diagnosticados com dengue.
E há também instituições que, nas páginas da internet, já fazem essa alerta para os pacientes, como o Hospital São Camilo. Em sua página inicial, há o alerta do alto volume de atendimento no Pronto Socorro, que provoca longa espera em casos não urgentes. Nessa manhã, o São Camilo até que estava com movimentação tranquila.
A reportagem da CBN passou também pelo Hospital Metropolitano, na Lapa, onde a espera do pronto-socorro adulto estava em uma hora e meia, mas a do infantil em duas horas e quarenta minutos.
Segundo um levantamento do Sindiospe, que é o sindicato que representa os hospitais particulares do Estado de São Paulo, da semana passada, 60% dos hospitais particulares registraram aumento de dengue nos prontos-socorros. Teve também aumento de ocupações, tanto dos leitos clínicos quanto dos leitos de UTI, mas não há problemas de falta de leito.
Essa pesquisa foi realizada em 95 hospitais e tem também os casos de síndrome respiratórias, que provocam aumento da demanda. Um boletim da Fiocruz, divulgado na última quinta-feira sobre síndrome gripe e síndrome respiratória aguda grave, mostra que em 20 estados há sinais de crescimento dessas síndromes, na tendência das últimas seis semanas, e entre esses estados, São Paulo.
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