Por Daniel Reis
17/03/2024 15h48 Atualizado há 5 horas
Putin é reeleito presidente da Rússia — Foto: Mikhail METZEL / POOL / AFP
Vladimir Putin foi eleito para o seu quinto mandato como presidente da Rússia e ele pode alcançar a marca de 30 anos à frente do país, sendo reconduzido agora por mais seis anos à presidência. Esse pleito foi marcado por ser uma eleição com cartas marcadas e sem adversários reais. Ele durou três dias com as urnas sendo fechadas por volta das três da tarde deste domingo, no horário de Brasília.
Como Putin está no poder desde 1999, somando os mandatos como primeiro-ministro e presidente, ele caminha para ultrapassar o ex-ditador da União Soviética, Joseph Stalin, que governou a região por 26 anos. Putin contou com uma popularidade crescente diante de uma guerra que uniu internamente a população russa e contou também com uma economia que, apesar das sanções do Ocidente, está em alta. Segundo dados da FMI, a economia russa cresceu mais rápido do que todo o G7 em 2023 e essa tendência se repetiu em 2024.
Para isso, conta com uma popularidade crescente após “hastear a bandeira” contra uma guerra externa que uniu, internamente, a população russa.
Conta, ainda, com uma economia que, apesar das sanções do ocidente, está em alta. Segundo dados do FMI, a economia russa cresceu mais rápido do que todo o G7 em 2023 e essa tendência se repetirá em 2024.
Mais ainda: Putin vem, ano após ano, se tornando um líder mais autoritário e utilizando a máquina pública para se manter no poder.
O professor de História da USP Angelo Segrillo, um dos maiores especialistas em Rússia no Brasil, aponta fatores que ajudam no autoritarismo do político russo como: a perseguição à oposição, a pressão em servidores públicos e a cobertura pró-putin em canais da televisão russa ligados ao estado.
Há pouco mais de um mês, o principal nome da oposição, Alexei Navalny, foi encontrado morto em uma prisão no Ártico.
Navalny foi lembrado por eleitores que o homenagearam neste domingo na frente de alguns colégios eleitorais.
As ações, no entanto, levaram à detenção de mais de 70 pessoas, de acordo com organizações de direitos humanos. Já a esposa de Navalny votou na embaixada da Rússia na Alemanha.
Outros protestos também foram registrados durante os três dias do pleito.
Cerca de 114 milhões de eleitores, incluindo ucranianos de territórios ocupados por tropas russas, estão aptos a votar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário