Por Redação
— Rio de Janeiro
26/03/2024 06h13 Atualizado há uma hora
Imagens mostram Bolsonaro na Embaixada da Hungria — Foto: Reprodução/The New York Times
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de 48 horas para o ex-presidente Jair Bolsonaro explicar os motivos de ter passado duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília. Moraes é relator do inquérito que investiga Bolsonaro, políticos e militares por tentativa de golpe de Estado.
No âmbito desse inquérito, no dia 8 de fevereiro, o ministro determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente, para que Bolsonaro não deixasse o país. Poucos dias depois, entre 12 e 14 de fevereiro, Bolsonaro ficou hospedado na embaixada da Hungria.
'Frequento embaixadas pelo país', diz Bolsonaro após investigação da PF
A Polícia Federal vai investigar o caso. As imagens foram reveladas pelo jornal The New York Times.
Depois da repercussão, o Itamaraty convocou o embaixador húngaro, Miklos Halmai, a prestar explicações. Ele se reuniu por 20 minutos com a a secretária de Europa e América do Norte da diplomacia brasileira. Uma fonte do Itamaraty disse que o embaixador foi 'lacônico' e tentou tratar a estadia de Bolsonaro como algo normal.
Segundo o jornal americano, Bolsonaro estaria tentando se valer da amizade com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, para escapar da Justiça. Dentro da representação estrangeira, ele não poderia ser preso por não estar submetido à lei brasileira.
Bolsonaro e Orbán são aliados históricos. Em 2022, em uma viagem à Hungria, o então presidente chegou a chamar o premier húngaro de 'irmão'. No período das eleições, a Hungria chegou a oferecer ajuda para a reeleição de Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário