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Daniel Reis— São Paulo
Ao lado do governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ronaldo Caiado, de Goiás, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, voltou a classificar como “antissemita” a fala do presidente Lula comparando a morte de civis em Gaza ao Holocausto.
Os governadores se reuniram com o ministro de Israel nesta quinta-feira (21). Eles visitam o país do Oriente Médio a convite de uma ONG e empresários brasileiros. Na terça (19), Caiado e Tarcísio também encontraram o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Nas redes sociais, Katz afirmou não abrir mão do povo brasileiro que apoia o povo judeu e o Estado de Israel e simpatiza com o que chamou de "guerra justa" contra o Hamas. Em publicação em português, ele agradeceu à solidariedade dos governadores e disse que declarações consideradas por ele como antissemitas feitas pelo presidente Lula não separaram as duas nações.
Na quarta-feira (20), durante um evento de comemoração do aniversário do PT, Lula afirmou que a reação israelense na Faixa de Gaza se tornou uma "carnificina" e que se trata de um genocídio contra os palestinos. Lula disse condenar o ato terrorista do Hamas e pediu a libertação dos reféns israelenses, assim como de reféns palestinos.
O presidente brasileiro tem criticado o governo de Israel e apoiou a iniciativa da África do Sul, que pediu uma investigação no Tribunal Penal Internacional sobre atos e medidas que possam constituir como genocídio ou crimes relacionados. Após comparar os ataques a civis de Gaza ao Holocausto, Lula foi considerado persona non grata em Israel.
Caiado e Tarcísio visitam o país do Oriente-Médio até a sexta-feira (22). A viagem também representa um contraponto dos dois ao posicionamento do presidente.
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