Lula se reúne com presidente da Espanha para discutir Gaza e Ucrânia

Por Felipe Igreja

— Brasília

06/03/2024 07h17 Atualizado 06/03/2024

Presidente Lula — Foto: Ricardo Stuckert / PR

Depois de se dedicar à agenda da articulação política interna nos últimos dias, o presidente Lula foca nesta quarta-feira (dia 6) nas atividades na agenda internacional. O petista se reúne daqui a pouco com o presidente da Espanha, Pedro Sanchez, no Palácio do Planalto. A reunião entre os dois está marcada para às 10h30 da manhã. É a primeira visita de Sanchez ao Brasil no mandato de Lula. No ano passado, o presidente brasileiro esteve em Madrid.

A previsão dos diplomatas do Itamaraty é que esse encontro vai servir para a avaliação da relação bilateral entre os países e para debater diversos temas da conjuntura regional e global, como a crise no Oriente Médio, em particular a grave situação humanitária em Gaza, o conflito na Ucrânia, as negociações do acordo Mercosul-União Europeia e a reforma das instituições de governança global.

Embaixador da Palestina no Brasil elogia 'postura corajosa' de Lula ao condenar ataques de Israel

Kamala Harris defende cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza

O presidente vem criticando os atos de Israel na guerra contra o Hamas e chamando de genocídio as ações contra civis palestinos na Faixa de Gaza. Segundo o Itamaraty, Lula vai reforçar o entendimento do Brasil sobre a necessidade de um cessar fogo e a solução de dois estados para a região. Em relação à guerra na Ucrânia, o Brasil deve reforçar a ideia da necessidade de um mediação do conflito por um grupo de países junto com Rússia e Ucrânia.

Já sobre a pauta comercial, Lula deve insistir na importância do acordo de comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Apesar do presidente francês ter afirmado que é impossível fechar os termos, Lula e Pedro Sanchez devem abordar o tema. A proposta vem sendo negociado há mais de 20 anos e a Espanha, ao contrário da França, sempre demonstrou um interesse maior na assinatura dos termos e pode ser aliado do Brasil para o andamento da proposta.

A expectativa é que depois do encontro bilateral no Planalto, os dois presidentes façam uma declaração à imprensa.