Por Isa Stacciarini
— Brasília
17/03/2024 15h55 Atualizado há 5 horas
Presidente Lula — Foto: CLAUDIO REIS/Agencia Enquadrar/Agencia O Globo
Depois da queda na aprovação do governo, o presidente Lula vai usar a reunião ministerial desta segunda-feira para cobrar mais entregas, especialmente nas áreas de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social. As pastas são estratégicas, porque comandam os principais programas que são bandeiras do governo Lula, como o Bolsa Família, o Fies e o Mais Médicos, além da Farmácia Popular. Mas a avaliação interna de Lula é que esses ministérios, especialmente, não estão conseguindo mostrar um desempenho suficiente. Preocupado com a queda na popularidade, Lula quer dar ênfase à divulgação de uma agenda positiva que seja estratégica, principalmente em ano eleitoral municipal.
Um interlocutor próximo do presidente disse, de forma reservada à CBN, que embora as pesquisas tenham demonstrado queda na popularidade, o foco da reunião é mostrar o que foi feito ao longo do primeiro ano e frisar qual a agenda prioritária para 2024. Nesse sentido, Lula vai cobrar melhora nas divulgações, especialmente na área da comunicação e com foco nas redes sociais. O que o presidente quer é que os ministros deem ênfase nesses projetos em entrevistas e discursos.
Com esse foco, Lula quer frisar quais são as agendas prioritárias nesse curto prazo. Na lista estão a aprovação do projeto da reoneração da folha de pagamento, a MP que cria o programa de mobilidade verde e inovação, além da medida provisória que trata da reestruturação de carreiras e do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. Na reunião, Lula ainda vai enfatizar o bom resultado na economia e mostrar que o desempenho se deu em função da aprovação de projetos prioritários, como taxação dos fundos exclusivos, offshores e reforma tributária.O presidente quer ainda mostrar os efeitos positivos dessa recuperação, como a criação de mais de 180 mil vagas formais de trabalho, acima do esperado.
Um integrante do governo disse que internamente a avaliação é de que a oposição vai aproveitar os resultados das últimas pesquisas para tentar fragilizar o governo e aumentar a disputa. A avaliação é de que as últimas declarações do presidente contribuíram para a queda na aprovação, como a fala sobre o genocídio em Gaza. Mas o discurso interno é que não é hora de cair em provocação e que Lula foi eleito com objetivo de recuperar o país, acabar com a fome e tirar as pessoas da linha da pobreza.
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