03/03/2024 12h32 Atualizado há 6 horas
O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião para esta segunda-feira (4) com o objetivo de discutir a situação no Oriente Médio. Neste domingo (3), representantes do Hamas, do Catar e dos Estados Unidos chegaram ao Egito para uma nova rodada de negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Os mediadores tentam costurar há semanas uma nova trégua na guerra, num momento em que a pressão cresceu após a morte de dezenas de palestinos que estavam atrás de ajuda humanitária.
O Hamas acusou Israel de abrir fogo contra civis desesperados por comida, enquanto as forças israelenses admitiram os disparos, mas atribuíram o número elevado de mortes a uma confusão durante a passagem dos caminhões com ajuda humanitária. Mais de cem pessoas morreram na ocasião.
De acordo com agências internacionais, uma autoridade americana garantiu que um acordo de cessar-fogo está "sobre a mesa", que Israel concordou “mais ou menos” com os termos da resolução - que prevê uma pausa de seis semanas nos combates para liberação de reféns e aumento da ajuda humanitária em Gaza - e disse que agora a responsabilidade recai sobre o Hamas.
A única trégua nos combates ocorreu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.
No sábado (2), os Estados Unidos começaram a lançar comida por meio de aviões para a população da Faixa de Gaza. Outros países como Jordânia, com o apoio da França, Holanda e do Reino Unido, e o Egito, que contou com a cooperação dos Emirados Árabes, enviaram ajuda via área para o território.
Protestos contra Netanyahu em Israel
Também no sábado, milhares de manifestantes israelenses foram às ruas para pedir novas eleições e o fim do atual governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Vídeos circulam nas redes sociais mostrando o protesto, com manifestantes alegando que a continuidade da guerra está afetando a sociedade.
Protesto em Tel Aviv pede fim do atual governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. — Foto: Reprodução
Eles clamavam pelo retorno dos reféns israelenses sequestrados durante os ataques terroristas do dia 7. Milhares de israelenses também se uniram à marcha que começou na quarta-feira em Reim, sede do festival de música onde houve o ataque, até Jerusalém, para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns.
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