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23 de mar. de 2024

Estreia de Ayrton Senna na F1 completa 40 anos: saiba curiosidades sobre o tricampeão



Por Victor Veloso

— Belo Horizonte


23/03/2024 06h00 Atualizado há uma hora


Ayrton Senna estreou na Fórmula-1 em 1984. — Foto: Instituto Ayrton Senna


“É uma grande expectativa pra mim. É o início da consagração de um sonho que eu tinha de chegar à Fórmula 1. Vai exigir muita dedicação, esforço e determinação pra atravessar essa nova fase da minha carreira”, disse Ayrton Senna.




A estreia de Ayrton Senna na Fórmula-1 completa quatro décadas neste mês de março. Para celebrar o início da carreira do piloto, atividades em diferentes partes do mundo reverenciam o seu legado. Corrida de rua, nova edição de uma biografia e série no streaming recontam e homenageiam a trajetória de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro.

Senna correu por dez anos na Fórmula 1. — Foto: Instituto Ayrton Senna


Era assim que pensava Ayrton Senna momentos antes de estrear na Fórmula 1, a categoria mais importante do automobilismo mundial. Foram apenas oito voltas na pista em um carro avaliado com menos potência e que apresentava problemas mecânicos. Nessa corrida, em 25 de março de 1984, no extinto circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Senna ficou em 16º lugar. Era ali o ponto de partida para ser eternizado como um dos maiores e mais vitoriosos pilotos brasileiros.


Em entrevista à CBN, a sobrinha do piloto Bianca Senna disse que ele tinha consciência de que estava em uma equipe inferior, mas que todo esse processo contribuiu para a evolução do atleta. Para Bianca, os 10 anos de Senna na Fórmula 1 dizem muito sobre amadurecimento.




“Ele tinha muita consciência do equipamento que tinha, do carro e da equipe. Ele se esforçava para fazer o melhor dentro dessas condições. Fez o melhor que pôde dentro da situação que tinha. Ele amadureceu até porque tinha apenas 23 anos quando estreou, mas só foi amadurecendo", conta.



A primeira corrida de Senna ocorreu no extinto circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. — Foto: Instituto Ayrton Senna


Quem acompanhou a estreia pela transmissão da tv, nem imaginava o piloto que estava por vir. Hoje aos 54 anos, o servidor público Marcelo Pereira se lembra da data.



“Era a primeira prova do campeonato. Eu me lembro porque eu era moleque, tinha 14 anos, e estava com meu irmão e amigos. Estava todo mundo assistindo porque sempre gostei muito de Fórmula 1, tudo isso sempre me chamou a atenção, então a gente já vinha criando uma expectativa também. Foi legal, Senna foi um piloto genial”, lembra.




Antes do destaque na Fórmula 1, os mais entusiastas pelo automobilismo já o conheciam. Senna começou acelerando em categorias menores. O jornalista Lito Cavalcanti, que acompanhou grandes coberturas na época, destaca a desenvoltura do atleta nas pistas.



“Desde a Fórmula Ford, ele sempre teve a marca de um piloto especial. Inclusive, quando ele chegou na Fórmula 1, esse resultado de ter ficado um pouco atrás se devia ao carro. O motor tinha soluções muito interessantes, mas era uma coisa pequena, então ele não tinha muito desenvolvimento. Mesmo assim, ele fez misérias com esse carro”, lembra.




Minissérie "Senna" será lançada ainda em 2024. — Foto: Netflix


Depois da estreia, foi só na África do Sul que Ayrton Senna marcou seu primeiro ponto na F1. Foi nessa segunda corrida que o piloto mostrou a que veio, com garra, preparação e um grande esforço físico. Aliás, essa foi uma particularidade notada ao longo de toda sua carreira, segundo o jornalista e biógrafo Ernesto Rodrigues, autor do livro "Ayrton: o herói revelado”. A obra ganhou uma edição atualizada, onde são apresentados quase 100 novos trechos.



“Foi quando ele já mostrou uma das características que carregaria para o resto da vida no grandes prêmios que ele disputaria até 1994. Era uma capacidade de fazer sacrifício físico inacreditável. Na África do Sul, ele estava com um carro que era praticamente impossível de guiar, mas mesmo assim ele conseguiu ficar em sexto colocado. Para você ter uma ideia, quando ele foi para o box, ele não conseguia sair do carro. Ayrton estava tão exaurido, parecia que ele tinha levado uma surra. Ele teve que ser levado para o centro médico. Isso mostra uma característica que ele revelaria sempre na vida, essa capacidade que tinha de se impor no sacrifício físico”, explica.




A primeira vitória de Senna na Fórmula 1 foi conquistada no dia 21 de abril de 1985, no Grande Prêmio de Portugal. Nessa época, o jornalista Carlos Gil, da equipe de esportes da TV Globo, já acompanhava o piloto.



Anos mais tarde, ao cobrir a competição pela emissora, Gil diz que a nova geração do automobilismo ainda tem Senna como um ídolo, mas falta um nome que traga para o país grandes conquistas como as do atleta.



“O Ayrton Senna acabou virando um mito. Mas eu acho que pro esporte brasileiro, no que diz respeito ao automobilismo, esse legado talvez não seja tão sentido na formação de novos talentos. A gente já está aí com algumas temporadas sem nenhum representante e sem um fomento real do automobilismo nacional. O Senna acabou ficando como um grande ídolo nacional e de grande relevância internacional, mas, infelizmente, esse legado esportivo a gente acaba não sentindo tanto no automobilismo”, comenta.



Minissérie "Senna" será lançada ainda em 2024. — Foto: Netflix


Após exatos 10 anos da estreia, a carreira de Senna se encerrou em uma curva, no circuito de Ímola, na Itália, no dia 1º de maio de 1994.


Trinta anos depois da partida do piloto, a vida dentro e fora das pistas ganha destaque em todo o mundo. Ainda, para este ano, há o lançamento, no streaming, da minissérie "Senna". A produção vai mostrar a trajetória de superação, desencontros, alegrias, conquistas e tristezas de Ayrton.


Outra atividade é uma corrida de rua, no dia 1º de maio. Vinte mil fãs do piloto vão correr no autódromo de Interlagos, em São Paulo para homenageá-lo.

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