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24 de mar. de 2024

Em Teresina, Marina Silva prega liberdade religiosa e diz que País está dividido

 Foto: Moisés Saba 

Por Yala Sena

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou na tarde deste domingo (24), durante visita a Teresina, a importância do estado laico e defendeu a liberdade religiosa. Segundo a ministra, o País está dividido entre os que defendem a vacinação dos filhos e os antivacinas. 

“Acho que estamos vivendo um momento especial. O momento em que o Brasil, infelizmente, está dividido. Dividido porque tem uma parte que acha que quando ganha tem que governar só para os que votaram nele. Isso não é bom para o país e não é bom para a cidade. Dividido entre aqueles que dizem que a gente deve vacinar os filhos e os que não devem vacinar os filhos. A gente sabe que a vacina é importante para a saúde pública”, disse Marina Silva que veio a Teresina participar de aniversário de uma igreja evangélica na vila Irmã Dulce. 

A ministra também participou do lançamento da pré-candidatura a vereador de Erick Riccely, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí, pela Rede Sustentabilidade. 

Ao falar aos presentes, a ministra, que foi eleita como uma das mulheres mais influentes do mundo, condenou a intolerância religiosa. 

“Temos que ter um País plural, um país que respeita a sua diversidade cultural e social. Sou cristã, evangélica, da Assembleia de Deus, mas aprendi a respeitar a diversidade religiosa, porque o estado brasileiro é laico... graças a instituição do estado laico, que eu digo que é uma benção para quem crer e para quem não crer, porque nele que tenho a liberdade de ter a religião que eu tenho e que outras pessoas podem ter a religião que tem. Como diz a Bíblia não é com força e nem violência, é pelo espirito. Não é a gente que vai determinar se a pessoa vai ser católico, crente, espirita. Não são as leis civis que vão nos obrigar a fazer isso”, disse ao participar de evento no bairro Todos os Santos. 

Nem todo mundo vai ser do mesmo clube

“Queremos uma Teresina unida, um Brasil unido. Unido em torno de que? Nem todo mundo vai ser do mesmo partido, nem todo mundo vai ser do mesmo clube, a gente é diverso, a gente pode ter diferença, o que a gente não pode é negar a ciência, o que a gente não pode é querer estragar a nossa democracia... O capitão pode ser presidente, porque na ditatura quem era o presidente era os generais, com base na hierarquia, vocês já viram o capitão passar na frente do tenente? Não passa. Só a democracia permite que um capitão seja eleito presidente e não um general. Estado laico é uma benção”, disse Marina Silva sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro que é conhecido como “capitão”.  

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