Por Cláudio Gabriel
— Rio de Janeiro
25/03/2024 12h14 Atualizado há 41 minutos
Conselho de Segurança da ONU — Foto: Reprodução
Com abstenção dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que traz um cessar-fogo para a guerra entre Israel e Hamas. O texto foi aprovado por 14 votos a favor e apenas a abstenção americana.
Na resolução é exigido um cessar-fogo imediato para o período sagrado do Islamismo, o Ramadã, que começou há 15 dias. Além disso, o texto também determina a libertação imediata dos reféns de ambos os lados.
Essa é a primeira resolução de cessar-fogo aprovada na ONU sobre a guerra que começou já há mais de cinco meses. Outras tentativas anteriores foram vetadas, como a mais recente dos Estados Unidos, da última semana, que foi vetada pela Rússia e China.
Durante a reunião, a embaixadora dos Estados Unidos, Linda Thomas-Greenfield, criticou o texto por não ter uma condenação direta ao Hamas, fazendo uma critica direta ao veto feito semana passada. Apesar disso, o voto foi apenas uma abstenção, o que dá prosseguimento a resolução. Caso os EUA tivessem vetado o texto, ele não seria aprovado, já que precisa ser unânime.
Reação de Israel
Embaixadora de Israel durante votação de cessar-fogo em Gaza no Conselho de Segurança da ONU. — Foto: ANGELA WEISS / AFP
Por conta do voto americano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cancelou a visita da delegação de Israel à Casa Branca. O gabinete dele fez uma declaração dizendo que "os EUA recuaram da sua posição consistente no Conselho de Segurança que ligava um cessar-fogo à libertação dos reféns e dá ao Hamas esperança de que a pressão internacional lhes permitirá obter um cessar-fogo sem libertar os nossos reféns". A informação é do Times of Israel.
A visita seria feita pelos principais assessores de Israel, Ron Dermer e Tzachi Hanegbi.
Apesar disso, a Casa Branca disse que não foi informada de qualquer mudança nos planos de uma visita da delegação israelense. Em entrevista ao Jerusalem Post, o porta-voz da governo americano, John Kirby, afirmou que votação na ONU não representa uma mudança de política.
A polêmica entre os dois países acontece em meio a tentativa constante dos Estados Unidos de evitar que Israel ataque Rafah, o que vem sido prometido nos últimos dias. Além disso, emissários de Washington tem forçado o pedido de ajuda humanitária para Gaza, algo que não tem sido respondido por Netanyahu.
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