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8 de mar. de 2024

A cada três horas, ao menos uma mulher é vítima de violência no Brasil



Por Larissa Lopes

— Brasília


07/03/2024 08h27 Atualizado há 22 horas


Violência contra a mulher. — Foto: Pixabay




A cada três horas, ao menos uma mulher é vítima de violência no Brasil. É o que mostra estudo da Rede de Observatórios da Segurança divulgado nesta quinta-feira (7). Esse número, porém, pode ser maior, já que o levantamento foi feito em apenas oito estados brasileiros, como Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.



Outro levantamento, este feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, englobando todos os estados e o Distrito Federal, aponta que em 2023 , 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, maior número já registrado desde a tipificação da lei. E de março de 2015 - quando a lei do feminicídio foi criada - até dezembro de 2023, mais de 10.600 mulheres foram mortas pela condição de gênero. Esses números também podem ser maiores, já que segundo o Fórum há subnotificação, e os dados contam apenas os casos que foram registrados pela polícia.






Segundo o Fórum Brasileiro, o estado do Mato Grosso teve a maior taxa de feminicidios. Foram duas mil e quinhentas mulheres mortas por 100 mil habitantes.


Para a cientista social e coordenadora da rede de observatórios de segurança, Silvia Ramos, os números são alarmantes porque ainda há uma cultura enraizada de violência e certa naturalização pra que isso continue ocorrendo. Para ela, falta uma união de políticas publicas e comunitárias para dar um ambiente seguro às mulheres.



Existem muitos grupos comunitários de proteção às mulheres que não estão integrados e não são considerados nessas políticas. Às vezes uma mulher não vai à polícia, mas conta no cabelereiro, conta no seu grupo de crochê, conta na sua aula de ginástica, em outros círculos femininos. Então é preciso integrar iniciativas comunitárias com políticas públicas, ou seja, é preciso criar cidades seguras para as mulheres. É possível ter políticas públicas integradas com iniciativas comunitárias que criem cidades seguras para as mulheres. E isso ainda não está sendo feito.




Em relação aos casos de violência, levantados pela Rede de Observatórios, em 2023, 3.181 mulheres foram vitimas de agressão - um aumento de 22% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento. São Paulo foi o estado com maior número de casos em que mulheres foram agredidas física ou verbalmente ou vitimas de violência sexual, cárcere privado, tortura, sequestro, dano ao patrimônio e supressão de documentos.

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