Foto: Cidadeverde.com
Por Graciane Sousa
"Estou piorando! os tremores nas mãos ficaram mais fortes". Este é o desabafo do idoso Miguel Fernandes que faz tratamento contra o Parkinson no Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo e há seis meses não recebe o Prolopa, medicamento usado para tratar a doença. Ele contou ao Cidadeverde.com que tem mudado a posologia do remédio de uso contínuo e deveria ser disponibilizado gratuitamente na unidade de saúde.
"Não tem medicação desde agosto. A doutora passa três caixas. O remédio é pra tomar todo dia, mas como só posso comprar uma caixa, fico revezando. Tomo um comprimido dia sim, dia não, pra não ficar sem. Com toda a certeza, estou piorando", disse Fernandes.
Isabel Maria acompanha a mãe que tem 84 anos, é cadeirante e faz tratamento de Parkinson. Ela também relatou todas as dificuldades devido à falta da medicação que custa, em média, R$ 100.
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"As consultas de rotina estão acontecendo normalmente, mas desde agosto do ano passado que não recebemos o remédio. Um vidro só dá sete dias e estamos sem saber como nos virar. A gente recebia seis vidros e agora nenhum. É algo sofrido. Às vezes, deixo de pagar outras coisas porque o mais importante é a saúde dela e não pode ficar sem medicação", desabafa Isabel Maria.
Os pacientes reclamam ainda que não é dado uma resposta sobre a regularização da falta de medicamentos.
"Sempre vem procurar e dizem que não sabe ou que a FMS não informa quando. Nunca dão uma decisão pra gente", reitera Maria.
Ao Cidadeverde.com, a assessoria da Fundação Municipal de Saúde (FMS) disse que a situação seria verificada.
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