Na última segunda-feira (29), a gestão municipal de Valença do Piauí realizou uma solenidade para entrega de veículos novos. Na ocasião, o deputado federal Florentino Neto esteve presente e recebeu do vereador Devaldo Nunes a reivindicação para implantação do Centro de Hemodiálise no município.
O pedido do vereador Devaldo Nunes aconteceu durante seu discurso, bastante comovido o vereador citou uma moradora do Assentamento Mocó que vivia a triste realidade de ter que ir a Picos para fazer as sessões de hemodiálise. Com a solicitação, o deputado federal Florentino Neto garantiu colocar em pauta e junto com vereadores, gestão municipal e governo do estado, buscar a implantação do Centro de Hemodiálise para Valença.
Em conversa com Ana Paula Reis, de 28 anos, a dona da história contada pelo vereador Devaldo, o Portal V1 trouxe um pouco da luta de dona de casa e mãe de uma menina de 09 anos. Ana Paula desde de 2019 fazia hemodiálise e só agora nesse primeiro mês do ano de 2024, vive a alegria de ter recebido um transplante de rim e não precisar mais viajar com frequência.
Ana Paula fala da iniciativa de trazer o Centro de Hemodiálise para Valença e relata como foi esses anos de idas frequentes para Picos.
“Essa iniciativa é de grande importância para nossa cidade, para o conforto de quem faz hemodiálise e de quem acompanha, pois durante esses 4 anos que fiz, foram difíceis, tinha que sair de casa 3h da madrugada, pra chegar a tempo, entrava na máquina 5h30, saia 9h30, muito exausta, muitas vezes com pressão baixa, sentindo câimbras, ainda tinha que percorrer 100 km de distância”, contou.
Ela ainda lembrou de quando teve que voltar a morar na casa dos pais, no Assentamento Mocó.
“Com 2 anos de tratamento tive que ir morar no interior com meus pais, ficou mas difícil ainda, pois quando eu chegava em Valença ia pra casa de alguém, almoçava e a tardinha tinha que ir de moto pro interior, só Deus sabe como eu chegava em casa, no dia seguinte tinha que voltar pra Valença novamente, pra dormir pra sair de madrugada novamente. Fora os imprevistos que aconteciam, às vezes o carro dava defeito, chegava tarde na clínica ou em casa. O centro de hemodiálise em Valença ia ser outra qualidade de vida, pois a hemodiálise em si não cansa tanto, mas as viagens sim”, disse Ana Paula.
A mãe de família relata que neste momento tem colegas que fazem hemodiálise e que por conta do estado de saúde fragilizado estão sendo levados de ambulância, pois não suportam mais ir sentado em um veículo de transporte normal.
Ana Paula afirma que fica feliz com a possibilidade de Valença receber um Centro de Hemodiálise. “Fico muito feliz, pois os meus colegas vão ter outra qualidade de vida, sem falar que não sabemos o dia de amanhã, hoje eu não estou precisando fazer mais hemodiálise, mas o amanhã ninguém sabe. Meus colegas vão ter mais tempo para descansar e aproveitar pra ficar com a família, pois eu chegava tão exausta no interior que nem atenção pra minha filha eu dava, o corpo da gente se desgasta muito”, disse Ana Paula.
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