Por Bruno Teixeira
— São Paulo
21/02/2024 06h44 Atualizado há uma hora
A trajetória da italiana Giordina Parmagianno, que veio para o São Paulo aos sete anos, em 1962, é um dos exemplos de imigrantes italianos que vieram para o Brasil e por aqui criaram raízes.
Uma travessia que tem como marco o dia 21 de fevereiro de 1874. Nesta data, cerca de 386 italianos desembarcaram em Vitória, no Espírito Santo, para trabalhar em uma colônia de extração de madeira e cultivo de café. Começava ali, há exatos 150 anos, o primeiro fluxo de imigração em massa da Itália para o Brasil.
O maior contingente de imigrantes desembarcou no Porto de Santos, e se estabeleceu em estados do Sul e Sudeste, especialmente em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Atualmente, o Brasil tem 30 milhões de descendentes de italianos, o equivalente a 15% da população. É a maior comunidade italiana fora do seu território. Destes, entre 15 e 20 milhões estão no Estado de São Paulo, de acordo com o consulado-geral da Itália.
Aproximadamente 797 mil brasileiros também têm cidadania italiana. A procura pelo visto tem sido um caminho utilizado por muitos brasileiros que buscam o caminho inverso de seus ancestrais.
O jornalista paranaense Gabriel Nonino mudou para a Itália em 2018, junto com a esposa e também jornalista Vitória Lemos. Ele conta que queria morar na Europa, e descobriu que um tio já possuía a cidadania italiana. Foi o início do plano de morar no país europeu.
Para Wilson Davanzo, vice-presidente da Sociedade Cultural Ítalo-Brasileira de Santo André, a procura maior agora é decorrente da situação econômica e política do Brasil.
Mas, a Cônsul-adjunta da Itália, Lívia Satullo, destaca que muitos brasileiros também tem procurado a cidadia italiana como uma forma de se conectar com suas próprias origens:.
Desde 2008, o governo brasileiro reconhece o dia 21 de fevereiro como o dia do imigrante italiano. Em São Paulo, diversos monumentos serão iluminados com as cores da bandeira italiana em homenagem a data.
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