Foto: Reprodução / SBTNews
Em 4 de fevereiro de 2004, nascia o Facebook, a rede social que mudou a forma como as pessoas se relacionam online. Criada pelo norte-americano Mark Zuckerberg quando ainda era estudante da Universidade Harvard, a rede atingiu impressionantes 3 bilhões de usuários – quase metade da população mundial – e foi envolvida em uma série de polêmicas.
No aniversário da rede, relembramos fatos, escândalos e curiosidades da trajetória da plataforma, que, hoje, tem menos usuários ativos do que já teve e enfrenta uma crise de relevância no ambiente digital, com a ascensão do Instagram (comprado pela Meta, dona do Facebook) e do TikTok.
Rivalidade com o Orkut
O Orkut nasceu só um mês antes do Facebook, mas chegou ao Brasil em 2005, dois anos antes do Facebook. Isso explica por que, a princípio, o Orkut foi mais popular entre os brasileiros do que o Facebook. Porém, o apelo global da nova rede acabou vencendo.
Fundador brasileiro
Zuckerberg é o grande nome associado à rede, mas entre os primeiros sócios da empreitada está um brasileiro: Eduardo Saverin. Além dele, dois norte-americanos, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, figuram entre os criadores da rede. Zuckerberg chegou a ser acusado de roubar a ideia da rede dos gêmeos Winklevoss. Depois de três anos de briga na Justiça, eles desistiram do processo e fizeram um acordo financeiro.
O bilionário mais jovem da história
Oito dias mais novo do que Mark Zuckerberg, Moskovitz virou, segundo o ranking da Forbes, o mais jovem bilionário do mundo. Isso porque ele tinha uma parcela minoritária da plataforma.
Al Pacino no Face?
O rosto do ator Al Pacino aparecia no primeiro logotipo do Facebook. Em 2007, na primeira versão do site, ele estava no canto superior esquerdo, coberto por códigos binários.
Atalho secreto para Zuck
Se você digitar facebook.com/4, vai ser direcionado diretamente para o perfil do criador do site.
Virou filme
Em 2010, o nascimento do Facebook e a ascensão de Zuckerberg como um líder da internet mundial viraram o filme “A rede social”. A produção levou três estatuetas do Oscar, por melhor edição, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora original.
No início, era só curtição
Quando a plataforma surgiu, não havia nem o botão curtir. Ele surgiu só em 2007 e reinou sozinho até 2016, quando as outras reações foram lançadas globalmente. As novas reações – que incluem emoções negativas, como raiva e tristeza – foram úteis para que a plataforma entendesse melhor o comportamento do usuário e aprimorasse a seleção de conteúdo para cada pessoa, o que mais tarde geraria problemas.
Amor e ódio
O status de relacionamento – que podia ser compartilhado com todos os seguidores no feed – foi uma ferramenta popular no início da plataforma. Em 2019, o FB tentou ajudar a juntar casais por meio do lançamento do Facebook Namoro nos Estados Unidos. Mas a iniciativa nunca decolou a ponto de competir com os apps mais populares no segmento, como o Tinder e o Bumble.
Alcance orgânico
No início, cada usuário via em seu feed as publicações das pessoas e das páginas que seguia. Mas, à medida que o conteúdo se multiplicava, a plataforma criou ferramentas para selecionar os posts que gerariam mais interesse dos usuários. Nascia ali o algoritmo que traria tantos problemas para a empresa.
Tudo que é social
Assim como o Facebook acabou com o Orkut, o surgimento de outras plataformas ameaçou o sucesso do site. Mas Zuckerberg decidiu resolver isso de outra maneira: comprando os concorrentes. Em 2012 ele pagou US$ 1 bilhão pelo Instagram. Em 2014, o fundador do Facebook pagou US$ 16 bilhões pelo WhatsApp – o maior valor já pago por um aplicativo de smartphone.
Quebra de privacidade
Para estudar o comportamento do usuário e ampliar o tempo que ele passava na plataforma, o Facebook coletou muitos dados que, depois, foram usados para fazer publicidades super segmentadas. Mas empresas como a britânica Cambridge Analytica coletaram dados sem autorização das pessoas e os usaram para traçar perfis psicológicos dos usuários e enviesar as publicações exibidas. O escândalo estourou em 2018, com a consultoria acusada de influenciar, com informações falsas, a opinião dos britânicos a favor do Brexit e a eleição do republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2016.
Cada um na sua bolha
A prática de exibir apenas conteúdos de um lado do espectro ideológico, segundo especialistas, ampliou a polarização política, ameaçando até democracias consolidadas, como a dos Estados Unidos. É como se grupos de usuários vivessem na sua própria bolha de conteúdo, criada a partir do filtro dos algoritmos. Especialistas e críticos das redes sociais pedem mais transparência sobre a seleção dos conteúdos para “furar a bolha”.
Mais regulamentação
Além dos riscos para a democracia, as redes sociais, entre elas o Facebook, são acusadas de oferecer muitos riscos e pouca proteção para crianças e jovens. Na semana passada, Zuckerberg foi chamado ao Senado dos Estados Unidos para depor sobre a exploração sexual de crianças nas redes sociais. Pressionado sobre não ter tomado medidas para evitar o problema, Zuckerberg pediu desculpas aos pais das vítimas.
Fonte: SBTNews
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