21/02/2024 06h13 Atualizado há uma hora
RIo será a capital da reunião do G20, em novembro de 2024. — Foto: Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro
Em meio à crise diplomática com Israel, o Brasil recebe nesta quarta-feira (dia 21) no Rio de Janeiro os ministros das Relações Exteriores do G20 para discutir temas como a reforma da ONU, o combate à fome e transição energética. O Brasil preside temporariamente o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
O encontro de dois dias é uma prévia da Cúpula de chefes de Estado do bloco, que será realizada em novembro, também no Rio.
Por causa da presença de 40 comitivas estrangeiras, foi foi montado um grande esquema de segurança, o maior desde os Jogos Olímpicos de 2016, na Marina da Glória, Centro do Rio, onde o evento será realizado. Está prevista a atuação de cerca de 1,2 mil agentes, entre homens e mulheres, das polícias Federal e Rodoviária Federal, além de Exército, Marinha, Aeronáutica e Guarda Municipal.
Os maiores efetivos de segurança são reservados para as comitivas do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e do chanceler da Rússia, Sergey Lavrov.
O secretário americano desembarcou na noite dessa terça (dia 20) em Brasília e se reúne com Lula às 9h no Palácio do Planalto, antes de ir para o encontro do G20. Na pauta bilateral, eles vão discutir democracia, mudanças climáticas, transição energética e questões trabalhistas. Nas questões regionais, Blinken vai pedir a ajuda de Lula para negociar com Nicolás Maduro eleições livres na Venezuela e a redução das tensões com a Guiana.
Eles também vão discutir segurança e paz global; as guerras entre Rússia e Ucrânia; e entre Israel e o Hamas.
Nessa terça (dia 20), ao ser perguntado se a crise diplomática entre o Brasil e Israel seria discutida no encontro desta quarta (dia 21), o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, disse que o governo dos Estados Unidos discorda das declarações do presidente brasileiro.
No Rio, os chanceleres vão tratar de questões que o Brasil considera prioritárias, como uma aliança global contra a fome; mobilização para o combate às mudanças no clima e uma reforma na governança global.
O embaixador Maurício Carvalho Lírio, principal negociador de temas políticos do Brasil no G20, evitou falar sobre as declarações do presidente Lula em relação a Israel. O diplomata disse apenas que as repercussões da fala do presidente não devem dominar os debates no Rio.
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