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9 de fev. de 2024

Bolsonaro convocou ministros a agirem antes da eleição na tentativa de golpe



09/02/2024 06h10 Atualizado há uma hora


Reunião divulgado por Bela Megale de Bolsonaro com ministros que teria motivado ação da PF. — Foto: Reprodução




O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou os ministros a agirem antes da eleição na tentativa de golpe. É o que mostram os vídeos de uma reunião de Bolsonaro com sua equipe usados pela Polícia Federal para embasar a operação deflagrada nessa quinta-feira (dia 8).






A reunião de Bolsonaro com seus principais ministros foi realizada no dia 5 de julho de 2022. O material foi apreendido em maio de 2023 em uma busca e apreensão na casa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e continua sob sigilo.



Entre os participantes da reunião estavam: o general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional; o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, então ministro da Defesa e o general Walter Braga Netto, então ministro chefe da Casa Civil e futuro candidato a vice-presidente de Bolsonaro.


A reunião foi marcada por reações de nervosismo, ofensas, palavrões e destempero do então presidente.


A jornalista Bela Megale, comentarista da CBN, divulgou parte dos vídeos no Jornal O Globo. Segundo a Polícia Federal, a gravação "revela o arranjo de dinâmica golpista, no âmbito da alta cúpula do governo".


A gravação mostra Jair Bolsonaro visivelmente alterado, desferindo ataques ao então adversário Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chega a se referir como “satanás”, com sucessivas ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.




Processo eleitoral questionado




Durante toda a reunião, Bolsonaro ordena que seus ministros atuem para questionar o processo eleitoral do dia 2 de outubro de 2022, data do primeiro turno, pois mostrava certeza na vitória de Lula, por causa da infundada fraude que alegava existir.


Na reunião, Bolsonaro defende ainda que todos os integrantes da Comissão de Transparência do Tribunal Superior Eleitoral façam uma nota conjunta, afirmando que “a lisura das eleições é simplesmente impossível de ser atingidas. O ex-presidente afirma que a nota precisa ser subscrita pela Ordem dos Advogados do Brasil.


O então presidente fala abertamente que o TSE errou ao chamar as Forças Armadas para integrar o comitê de transparência eleitoral da corte, mas admite que se beneficiou disso.


Em outro momento, Bolsonaro dispara ataques sucessos aos ministros do STF Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luis Roberto Barroso.


No vídeo, o general Augusto Heleno ainda afirma:



“Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições".





Outro alvo da operação de nessa quinta-feira (dia 8) foi o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos.


Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens da Presidência, coronel Mauro Cid, revelou que Garnier disse a Bolsonaro que a tropa estaria pronta para aderir a um chamamento golpista do ex-presidente.

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