Por Bruno Teixeira — São Paulo
01/02/2024 06h43 Atualizado em 5 horas
Dinheiro. — Foto: Foto: Adriana Toffetti/Ato Press/Agência O Globo
Fazer a gestão do próprio dinheiro e usar o cartão para pagar despesas do dia a dia. Algo comum na rotina de um adulto, e que está cada vez mais presente na vida de crianças e adolescentes. Famílias brasileiras têm utilizado contas bancárias voltadas ao público infanto-juvenil para tornar mais prático o pagamento da mesada e os gastos diários.
A tendência tem crescido. O banco digital Inter conta com mais de 3 milhões de clientes menores de idade. 36% das contas de crianças e adolescentes foram abertas em 2023.
O C6 Bank afirma que teve um aumento de 40% na abertura de contas na modalidade para este público entre 2022 e 2023. O Nubank também passou a trabalhar com esse tipo de público em 2022 e destaca que, no mesmo período, ultrapassou um milhão e duzentos mil clientes.
Instituições tradicionais como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil também possuem ofertas de contas para clientes menores de 18 anos. Cada banco trabalha com uma idade mínima de adesão das contas. No Banco do Brasil, desde o lançamento, em outubro de 2022, foram abertas mais de 226 mil contas.
Maxnaun Gutierrez, chefe de produtos pra pessoa física do C6 Bank, explica que o aumento teve início depois que as contas voltadas para crianças e adolescentes passaram a ser regulamentadas, em 2019.
Para a comissária de voo Carolina Morgado, abrir uma conta bancária para a filha foi importante para que ela tivesse noção sobre o dinheiro. Os gastos são administrados pela própria filha e acompanhados pela mãe, que recebe notificações pelo celular.
A desinger Lisa Valeri abriu uma conta com a intenção de dar maior autonomia ao filho de 12 anos. Para ela, a ação se tornou uma experiência de educação financeira.
Para o educador financeiro Reinaldo Domingos, quanto mais cedo a criança tiver acesso a portunidades de educação financeira, mais facilmente ela terá uma relação saudável com o dinheiro. O especialista alerta, porém, que é necessário que os responsáveis orientem e criem critérios para os gastos dos filhos.
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