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27 de fev. de 2024

Acre já tem mais de 11 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas por enchentes



Por Elizânia Dinarte

CBN Rio Branco


27/02/2024 12h57 Atualizado há uma hora


Em Brasiléia, no Acre, a água já cobre 70% da cidade e invadiu órgãos públicos, unidades de saúde e até o prédio da prefeitura. — Foto: Prefeitura de Brasiléia




O governo do Acre decretou situação de emergência para 17 dos 22 municípios acreanos atingidos pela cheia de rios e igarapés. A inundação provocada pelo Rio Acre já deixou 5.578 pessoas desabrigadas e 5.703 desalojadas.


Para o governador do Acre, Gladson Cameli, é preciso correr contra o tempo para ajudar a população atingida pela cheia.


Entre as cidades mais críticas está Jordão, um dos municípios isolados do interior do estado, onde um hospital teve que ser evacuado. Os pacientes foram levados para uma unidade provisória. Jordão está com 80% da cidade submersa.


A cidade de Brasiléia, também no interior do Acre, está isolada por via terrestre desde a manhã dessa segunda-feira (26). A cidade fica a 230 km distante da capital, Rio Branco.



Em Brasiléia, a água já cobre 70% da cidade e invadiu órgãos públicos, unidades de saúde e até o prédio da prefeitura.


O coordenador de saúde do Alto Acre disse que cerca de 30 pacientes que fazem tratamento de hemodiálise na Clínica do Rim precisaram ser transportados para Epitaciolândia em canoas.


O acesso à fronteira com o Peru através de Assis Brasil também está impedido.


A enchente se aproxima da casa do ativista Chico Mendes, em Xapuri, que é considerada um dos patrimônios históricos mais importantes na história do Acre, e equipes começam a retirada de móveis do local.


Na capital, já são mais de 200 famílias dentro dos abrigos, que já totalizam mais de 650 pessoas.


Hoje (27) pela manhã, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou o decreto de situação de emergência, que será entregue em mãos ao ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Góes, e tem vigência pelos próximos 180 dias.


Em comunidades ribeirinhas dos municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, dezenas de casas já foram atingidas pelas águas do Rio Juruá e seus afluentes. De acordo com a Organização dos Povos Indígenas do Juruá, onze comunidades indígenas da região tiveram plantações dos agricultores cobertas pela água e dezenas de famílias tiveram que sair de casa.


O último boletim da Defesa Civil na tarde de ontem aponta que o nível do Rio Acre já ultrapassou em mais de dois metros a cota de transbordo, que é de 14 metros, e um tenente da instituição não descarta mais chuva para os próximos dias.

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