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Um alerta sempre constante à saúde é não fazer uso de medicações sem antes consultar um médico. Mas o que muitas pessoas não sabem é que algumas medicações podem ter reações adversas quando consumidas em concomitância com outros fármacos. As chamadas “interações medicamentosas” são reações que acontecem entre dois ou mais medicamentos dentro do organismo humano, resultando em efeitos que podem ser previstos nas bulas de medicamentos ou não.
Ceres Batista, farmacêutica e professora, explica que os efeitos causados pelas interações medicamentosas podem ser os mais variados possíveis. “Não existe uma forma específica de como eles podem se apresentar, visto que vai depender muito de quais medicamentos o paciente tem feito uso”, ressalta. Por isso, a indicação é sempre avisar ao médico da prescrição quais remédios já faz uso, principalmente para quem toma medicações de forma contínua.
Outra dica é procurar um farmacêutico para avaliar as possíveis interações medicamentosas. “É necessário prevenir as interações medicamentosas ou tentar reduzir a ocorrência delas. Procure um farmacêutico habilitado em fazer a análise de toda a prescrição médica, de forma a avaliar e prever a possibilidade de ocorrência das interações medicamentosas que já estão documentadas na literatura e, a partir disso, poder tomar algumas decisões junto ao profissional médico, como ajustar os horários de tomada de cada um dos medicamentos envolvidos na interação medicamentosa ou não, ou até mesmo indicação ao profissional responsável pela prescrição de outros medicamentos que tenha a mesma ação e que possua risco de interação medicamentosa reduzidos”, explica Ceres Batista.
Farmacêutica alerta também sobre interações de medicações com alimentos
Além disso, outra questão importante ao fazer uso de várias medicações conjuntas é a alimentação. “Temos outros tipos de interações conhecidas, também, como interações fármaco-alimentos, que são as interações que acontecem entre o medicamento e o alimento, pois os medicamentos podem interagir com os alimentos reduzindo sua ação ou potencializando, o que também pode acarretar em impactos na terapia medicamentosa do paciente”, ressalta a professora Ceres.
A docente explica, ainda, que durante o atendimento o farmacêutico avalia as receitas e medicações utilizadas e analisa as interações bem como indicações de alimentos que podem prejudicar o uso e, assim, orienta os melhores horários para o consumo da medicação. “Os riscos no uso de medicamentos podem ser os mais variados possível, sendo sempre necessário o acompanhamento de um profissional farmacêutico para evitar que os possíveis danos causados pelo uso de medicamento ou para otimizar o uso do medicamento obtendo-se um maior sucesso no tratamento prescrito pelo médico”, ressalta.
Da Redação
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