Por Adriana Magalhães (com informações da TV Cidade Verde)
A sessão extraordinária que deve acontecer nesta terça-feira (02) na Câmara Municipal de Teresina, para tratar sobre os problemas na gestão da saúde no município, perdeu o seu objeto. É o que diz o vereador Antonio José Lira, líder do prefeito Dr. Pessoa na Casa, em entrevista ao Notícia da Manhã.
A sessão foi convocada no dia 28 de dezembro pelo presidente da Câmara, Enzo Samuel (PDT), após aparelhos de ultrassom, tomografia e raio-x terem sido recolhidos do Hospital de Urgência de Teresina. O presidente discorda, e diz que os parlamentares, e a população de Teresina, precisam de respostas sobre a gestão da saúde na Capital.
"Esse ano nós fizemos um aumento do orçamento da Fundação Municipal de Saúde, e fizemos uma suplementação, recentemente, e mesmo assim o problema da saúde não foi resolvido. Então nós queremos saber o que está acontecendo. O porquê que fornecedor estava sem receber pagamento e quando a câmara anunciou que iria fazer a sessão extraordinária, de imediato, foi pago", disse o vereador.
"A crise na saúde não é de hoje, ela é de muito tempo, de outras gestões. A crise aconteceu, mas o que levou a essa sessão extraordinária foi aquele fato pontual da retirada da máquina, de má-fé inclusive, o empresário não podia fazer aquilo, ele poderia ter causado mortes, já havia sido negociado, mas ele fez um verdadeiro teatro. Graças a Deus, a prefeitura tomou precauções, atitudes na rede privada, o fato é que não ocorreram danos maiores', disse o parlamentar.
Segundo Antonio José Lira, a prefeitura recebeu um aporte financeiro de R$ 65 milhões, oriundo de emendas parlamentar para resolver a situação da falta de insumo e pagamento de fornecedores da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
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"Chegaram recursos federais, oriundos de emendas, só o senador Marcelo Castro enviou R$ 35 milhões para a saúde de Teresina. O dinheiro está em caixa. A prefeitura fez um super abastecimento nas UPAs do Promorar, Satélite e Renascença, no próprio HUT e na rede das UBS. Assim, a sessão extraordinária perdeu o objeto. A crise foi resolvida por um super abastecimento da rede de saúde do município de Teresina", garantiu.
Sobre a intervenção na saúde, o vereador acredita que o Governo do Estado não tem condições de gerir a saúde de Teresina.
"Se o governo quer ajudar o município de Teresina, ele deve pagar o que deve. Trazer a saúde de Teresina para o Governo do Estado é não querer resolver o problema", finalizou.
A sessão está programada para acontecer na tarde desta segunda-feira (02).
Presidente da Câmara
Em entrevista ao programa Acorda Piauí, o presidente da Câmara confirma que a sessão vai acontecer e buscará por soluções do problema e descarta a pauta sobre impeachment do prefeito.
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