Foto: Arquivo/Cidadeverde.com
Por Bárbara Rodrigues
Com a proximidade do carnaval, muitas prévias carnavalescas estão sendo realizadas, e somente no domingo (28) o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) atendeu 17 mulheres que tiveram queimaduras oculares com o uso de pomadas para modelar e trançar os cabelos.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso desse tipo de pomada em fevereiro do ano passado, mas depois foi publicada uma resolução com regras para a permissão de venda desses produtos. Em dezembro de 2023 mais de 1,2 mil produtos tiveram seus registros cancelados.
Somente no domingo, o HUT atendeu 17 mulheres com queimaduras causadas por pomadas modeladoras.
“Ontem nos deparamos com uma demanda aumentada na oftalmologia, com pacientes mulheres que chegaram com queimaduras oculares. Essas pacientes chegaram com sensação de queimação no olho, ardor, irritação, lacrimejamento, dor intensa e essas pacientes usaram uma pomada modeladora que usam para fixar a tranças. Quando esse produto entra em contato com o olho, provoca uma irritação química, levando a queimadura ocular. Foram 17 pacientes atendidas aqui ontem e a doutora Aline Guimarães prestou atendimento de urgência”, afirmou médico Élio Rodrigues, diretor do HUT.
Ele explicou que quem ficar ferido deve buscar imediatamente atendimento médico. “Essas pacientes precisam ser prontamente atendidas. Uma das recomendações em casa é lavar bem com água corrente para tirar o excesso do produto e ir para uma emergência oftalmológica”, explicou.
O médico pontuou que algumas pacientes tiveram queimaduras de grau três e que se elas não tiverem cuidado com o ferimento, podem até perder a visão.
“As pacientes que chegaram no HUT foram atendidas, a doutora Aline fez o curativo com a pomada cicatrizante, fez a avaliação oftalmológica para ver o grau de queimadura, e tiveram algumas pacientes que tiveram queimadura até grau três, para você ver como é muito arriscado. Essas pacientes perdem temporariamente a visão, elas ficam com foto sensibilidade, não conseguem abrir os olhos, e se não tiverem cuidado, podem perder a visão. Essas pacientes não ficam internadas, mas foram orientadas, saíram com curativos e vão ter que retornar em 24 para uma avaliação”, finalizou o diretor do HUT.
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