Por Isa Stacciarini — São Paulo
17/01/2024 12h21 Atualizado há 2 horas
Diante da complexidade de tornar Guido Mantega CEO da mineradora Vale, uma estratégia do governo é facilitar o caminho da entrada do ex-ministro como integrante do Conselho de Administração da empresa.
Isso porque a entrada de Mantega na presidência depende não só da vontade do governo, mas de uma articulação empresarial que envolve acionistas da companhia como, por exemplo, o Bradesco; a holding japonesa Mitsui; a empresa de investimentos norte-americana Blackrock; a Previ, que é o fundo de pensão de funcionários do BB; e a Capital Group.
De todas essas, o governo possui pouco mais de 8% das ações da empresa por meio da Previ. Por isso, o Executivo acaba tendo maior influência na Previ, mas a ida de Guido Mantega para a Vale envolve uma articulação entre todos. O nome dele só teria consenso se houvesse maioria entre acionistas que integram o mercado.
Isso afasta o plano do governo em tentar colocar o aliado na presidência. Como plano B, a tentativa é torná-lo integrante do Conselho de Administração, porque o governo tem dois dos 13 membros como cota da Previ.
À CBN, um aliado de Lula confirmou que, desde 2023, Guido Mantega teve o nome impulsionado para a Vale, mas admitiu que isso depende de um conjunto de negociações.
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