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O aperto monetário em economias avançadas está chegando ao fim, mas as taxas de juros reais poderão permanecer elevadas por um período prolongado, à medida que a inflação retorna à meta apenas gradualmente. A projeção é do Banco Mundial, que afirma que essa configuração deverá manter restritiva a postura da política monetária dessas economias no curto prazo. A instituição acredita que os efeitos do aperto monetário sobre o crescimento das maiores economias globais deverá chegar ao pico em 2024.
Em relatório publicado nesta terça-feira, 9, a instituição observa que os rendimentos de títulos de dívida pública de economias avançadas permanecem altos. O Banco Mundial diz que, apesar de terem recuado das máximas plurianuais atingidas em outubro de 2023, os retornos permanecem em níveis suficientemente altos para exercer pressão altista sobre o custo do capital para governos e empresas, à medida que as dívidas são roladas. A recente valorização dos yields de economias avançadas reflete tanto as perspectivas de política monetária quanto a volatilidade nos prêmios de prazo, segundo o documento.
Já sobre mercados emergentes e economias em desenvolvimento (EMDEs, na sigla em inglês), a instituição pondera que o ciclo de relaxamento monetário poderá ser contido pela diminuição nos diferenciais de juros em relação a economias avançadas. A aproximação entre os níveis dos juros poderia elevar os riscos de saída de capital e de depreciação cambial para os emergentes
"É, portanto, necessária uma atenção cuidadosa aos riscos para garantir que a política monetária apoie o crescimento sustentável, ajudando ao mesmo tempo a reduzir de forma duradoura a inflação e a manter a estabilidade financeira, especialmente nos EMDEs com grandes déficits fiscais e em conta corrente", defende o Banco Mundial.
Fonte: Estadão Conteúdo
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