Por Deborah Fortuna
Pular sete ondinhas, passar o réveillon de branco, jogar flores na água, acender velas...muitas tradições marcam a comemoração da virada de ano dos brasileiros, e cada um não dispensa o próprio ritual. No Brasil, a festa de ano novo é marcada pelo sincretismo religioso.
Ao longo dos séculos, a mistura cultural e religiosa fez com que fossem acrescentadas mais tradições, principalmente as herdadas pelas religiões de matriz africana.
Jogar flores no mar na virada de ano, por exemplo, é uma forma de homenagear Iemanjá. Já pular sete ondas é uma forma de pedir aos orixás a abertura de caminhos. O número sete é considerado um número espiritual para as religiões da Umbanda e do Candomblé.
Outra tradição incorporada entre os costumes dessas religiões é usar o branco, uma cor usada na hora de fazer oferendas. Rafael Moreira, presidente da Federação da Umbanda e Candomblé de Brasíli e Entorno diz que essas são tradições que pedem paz e proteção no ano que chega.
Zeca Ligiério, diretor de teatro e pesquisador das tradições afro ameríndias, destaca que para muitos brasileiros, no entanto, as simpatias ultrapassam crenças, e são praticadas por religiosos ou não.
Outras simpatias de outras culturas que foram adicionadas ao longo dos anos também se tornaram tradicionais no país, como comer uma colher de lentilhas à meia noite, guardar uma folha de louro na carteira, comer sete sementes de romãs, soprar canela nos cantos da casa, ou segurar moedas na mão durante a virada do ano para atrair dinheiro e prosperidade.
As tradições, no entanto, são variadas ao redor do mundo e diferem conforme a cultura. O ano Novo na china, por exemplo, é determinado pelo calendário chinês e ocorre entre janeiro e fevereiro. O primeiro local que vai receber 2024 é a ilha de Kiribati, no oceano Pacífico. No Brasil, a passagem do ano ocorre só 15 horas depois. O último lugaar que vai celebrar a chegada do ano novo é Samoa Americana, um território não incorporado aos Estados Unidos.
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