Foto: Arquivo / Cidadeverde.com
Os cientistas piauienses Ademir Sérgio Ferreira de Araújo, Anderson de Oliveira Lobo, Edson Cavalcanti da Silva Filho, Edvani Curti Muniz, Laécio Santos Cavalcante e Paulo Michel Pinheiro Ferreira estão entre os cientistas mais influentes do mundo.
O ranking é elaborado pela Universidade de Stanford (Califórnia, Estados Unidos) e é composto por apenas 2% dos cientistas mais influentes do mundo. Os seis cientistas compõem o corpo docente da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Para a formação da lista, é considerada a atuação dos autores por meio de registros do Scopus, um dos mais importantes bancos de dados mundiais de artigos e citações científicas revisados por pares, com mais de 85 milhões de publicações editadas por mais de 7 mil revistas. Assim, pesquisadores da Universidade de Stanford criaram um banco de dados que fornece informações padronizadas sobre citações, índice h, índice hm ajustado de coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto (c-score). Os cientistas são classificados em 22 campos científicos e 174 subcampos de acordo com a classificação padrão Science-Metrix.
Os pesquisadores da UFPI que estão na lista são de quatro unidades acadêmicas diferentes, sendo três do Centro de Ciências da Natureza, um do Centro de Ciências Agrárias, um do Centro de Tecnologia e um do Centro de Ciências da Saúde. Além da atuação no ensino e pesquisa, os docentes têm em comum o envolvimento em atividades que contribuem para o fortalecimento da ciência, como a coordenação de núcleo, laboratório e empresa incubada, composição de academia e associação, e parceria com outras instituições de ensino e pesquisa.
O professor Paulo Michel Pinheiro Ferreira, docente do Departamento de Biofísica e Fisiologia, disse que recebeu com entusiasmo a colocação no ranking. “Sinto-me satisfeito em saber que os estudos realizados pelo nosso grupo de pesquisa estejam se destacando com base nas citações, já que esse ranking tem ganhado muito reconhecimento nos últimos anos no meio acadêmico e isso mostra o impacto positivo das descobertas científicas realizadas no Piauí”, frisou.
Paulo Michel coordena o LabCancer (Laboratório de Cancerologia Experimental), que trabalha, principalmente, com estudos pré-clínicos. Ele explica que as pesquisas desenvolvidas no LabCancer dão as direções ou orientam onde vale a pena investir em estudos clínicos com pessoas. "O futuro da pesquisa sobre câncer e dos tratamentos oncológicos passa por estudos de novas substâncias com potencial farmacológico e menor toxicidade e que possam superar a resistência de tumores e evitar a volta do câncer, mesmo depois de anos do paciente ser considerado livre da doença. Esperamos, assim, colaborar no desenvolvimento de novas opções terapêuticas com menos efeitos colaterais e adversos e, assim, melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, destacou.
Cientistas da UFPI na lista dos mais influentes do mundo.
Foto: Divulgação
- Ademir Sérgio Ferreira de Araújo
Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Doutorado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP e Pós-Doutorado em Microbial Ecology na University of California, Davis USA. Atualmente é Professor Titular da UFPI com experiência na área de Agronomia-Ciência do Solo, com ênfase em Microbiologia e Bioquímica do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: Biomassa microbiana do solo, indicadores biológicos de qualidade do solo, Ecologia microbiana do solo (metagenômica), fixação biológica de nitrogênio, poluição do solo e qualidade ambiental. É coordenador do Núcleo de Excelência (PRONEX) do CNPq e FAPEPI.
- Anderson de Oliveira Lobo
Professor Titular-Livre do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Piauí, é. membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências, graduado em Engenharia Biomédica, doutor em Ciências pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica e pós-doutorado em Bioengenharia na Harvard Medical School e Massachusetts Institute of Technology (Harvard-MIT Health Sciences and Technology). Possui experiência didático-científica na área de Engenharia de Materiais e Biomédica e atua diretamente no desenvolvimento de membranas para aplicações na área de energia, biomateriais biomiméticos e bioinspirados aplicados a engenharia tecidual e nanomedicina. É sócio fundador da empresa NewHope Soluções em Pesquisa, incubada na Ineagro-UFPI.
- Edson Cavalcanti da Silva Filho
Com doutorado em Ciências e dissertação desenvolvida na área de materiais a base de fosfato de cálcio, é Licenciado em Química pela UEPB. Atualmente é Professor Associado IV do Departamento de Química da UFPI, atuando nos Programas de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais (Mestrado e Doutorado) e Química (Mestrado e Doutorado). Tem experiência na área de Química e Ciência dos Materiais, com ênfase em Biomateriais e Biopolímeros, atuando principalmente nos seguintes temas: modificação de superfícies hidroxiladas ou nitrogenadas (celulose, quitosana, gomas, sílica, sílica mesoporosa, filossilicatos, argilas e fosfatos), caracterização de materiais, sorção de espécies, estudos de liberação controlada de espécies, materiais aplicados ao agronegócio, estudos com biomateriais a base de fosfatos, propriedades microbianas, cicatrização de feridas e fotodegradação de espécies poluentes através de argilas naturais com óxidos incorporados. Dentre suas orientações, ganhou menção honrosa no prêmio CAPES de tese (2016), melhor tese concluída e melhor tese em andamento na área de Ciências Exatas e Engenharia na UFPI.
- Edvani Curti Muniz
Licenciado em Química pela Universidade Estadual de Maringá, mestre em Engenharia e Ciência dos Materiais pela UFRGS, Doutor em Ciências (Físico-Química) pela UNICAMP e pós-doutorado pela Université Libre de Bruxelles (ULB), Bélgica. Atualmente, é Professor Titular Livre efetivo na UFPI. Tem experiência em relação à estrutura-propriedades de materiais poliméricos, quimiometria e análise multivariada de dados. É Coordenador da área de Materiais na CAPES (2023 - 2026). É membro do Conselho da ABPol desde setembro/2009 e docente permanente nos seguintes programas de pós-graduação: Química da UEM; Ciência e Engenharia dos Materiais (PPGCEM) da UTFPR, Londrina-PR; Química da UFPI.
- Laécio Santos Cavalcante
Licenciado em Química (UESPI) com mestrado em Físico-Química pela UFPI e doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar-SP), possui 3 anos de Pós-Doutorado completos pela Universidade Estadual Paulista de Araraquara (UNESP). Atualmente, pesquisa sobre materiais inorgânicos óxidos das famílias Scheelitas/Wolframitas com fórmula geral [ABO4], tungstatos e molibdatos com fórmula [A2BO4/A2B3O12] e também algumas Perovskitas com fórmula geral [ABO3], tendo como principal objetivo a análise estrutural/eletrônica e investigação das propriedades fotoluminescentes e fotocatalíticas destes materiais na forma ordenada e/ou desordenada. Além disso, também estuda a influência das diferentes composições dos modificadores de rede (A = Ca, Ba, Sr, Pb, Cd, Ni, Sn, Co, In, Y, Zn, Fe, Bi, Co, Ag e Mn) e dos formadores de rede (B = Ti, Zr, W, e Mo) na estrutura eletrônica e propriedades físico-químicas destes materiais cerâmicos.
- Paulo Michel Pinheiro Ferreira
Bacharel em Ciências Biológicas e em Farmácia com especialização em Bioquímica Clínica e Biologia Molecular, é mestre e doutor em Farmacologia (Faculdade de Medicina - UFC) e Pós-Doutor em Oncologia Translacional (Centro de Investigación del Cáncer, Facultad de Medicina, Universidad de Salamanca, España). Professor Associado III da UFPI de Fisiologia Humana e Oncologia, coordena o Laboratório de Cancerologia Experimental e Toxicologia Pré-Clínica (LabCancer) da UFPI desde 2013. Trabalha com técnicas celulares e modelos animais usando ferramentas fisiofarmacológicas de interface para a análise de mecanismos antineoplásicos e anti-inflamatórios de protótipos naturais ou sintéticos ou de medicamentos em uso clínico com possibilidade de reposicionamento terapêutico contra desordens crônicas de base proliferativa. Atualmente é membro do Comitê de Assessoramento do CNPq na área de Biofísica, Bioquímica, Farmacologia, Fisiologia e Neurociências -- CA-BF (2023-2026).
Fonte: UFPI
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