Foto: Débora Cardoso/Cidadeverde.com
Por Rebeca Lima
O presidente do Tribunal de Contas do Piauí (TCE), Kennedy Barros, fez um balanço nesta quinta-feira (21) das ações do órgão durante 2023. Em entrevista ao Notícia da Manhã, Kennedy Barros destacou que, pela primeira vez, o TCE visitou todos os municípios do Piauí.
“Pela primeira vez na história, o Tribunal visitou, este ano, os 224 municípios, sem levar em consideração que alguns deles foram visitados três ou quatro vezes. Então, essa parceria com a sociedade, que nós chamamos de controle social, onde ela aponta as dificuldades dos municípios, esses treinamentos que acontecem com os gestores e esse monitoramento concomitante para evitar problemas, nos leva a crer que o resultado é muito bom para a sociedade”, destacou o presidente.
Kennedy Barros comentou também sobre as discussões do transporte coletivo na capital e destacou o motivo da longa espera dos passageiros por ônibus nas paradas.
“Por exemplo, foi investido ao longo desse período R$ 800 milhões para fazer os corredores, terminais, paradas de ônibus, que é a primeira parte para a solução dos problemas. Agora, a segunda parte é: por que a população espera tanto nas paradas? E nós encontramos a resposta. À medida que esse sistema de interligação aconteceu, a implantação se deu bem no período da pandemia, e não tinha população usando o serviço”, disse.
O presidente pontuou ainda que, durante a auditoria realizada pelo TCE, foi constatado um déficit de arrecadação no sistema de cerca de R$ 5 milhões em relação ao custeio e que a principal solução para o problema do transporte coletivo está nos subsídios do poder público.
“Então, o que se chegou a essa auditoria é que o sistema arrecada em torno de R$ 9 milhões e o custeio dele é R$ 14 milhões. A solução é o poder público subsidiar, como acontece em todos os lugares do mundo. Iniciou-se então uma discussão, o próprio governador Rafael Fonteles se mostrou sensível ao problema e pode ajudar com a questão do IPVA dos ônibus, repor as gratuidades. A Prefeitura amplia também o seu investimento ao subsídio. Não tem milagre; o problema é financeiro. Então, estou otimista de que estamos caminhando para a assinatura de um termo de ajuste de gestão e, consequentemente, a solução definitiva deste problema”, ressaltou.
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