Foto: Imagem extraída de dentro do artigo publicado
Peixe-leão
Por Bárbara Rodrigues (Com informações da UFDPar)
O surgimento do venenoso peixe-leão no litoral do Piauí tem preocupado pesquisadores sobre uma possível invasão da espécie na região. O caso foi divulgado recentemente em um artigo publicado na revista científica Peer Review (PRW) por pesquisadores do Laboratório de Ictiologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) em parceria com o Laboratório de Bioecologia Pesqueira.
Segundo os pesquisadores, a presença do peixe-leão representa um risco para as espécies nativas da região. Essa espécie não é mortal, mas é venenosa e pode causar ferimentos aos humanos, pois possui uma toxina presente nos espinhos das nadadeiras que ao perfurar causa dores, febre e até convulsões.
O trabalho foi conduzido pela professora do curso de Engenharia de Pesca, Edna Cunha, doutora em Zoologia, e outros pesquisadores da instituição e região. Com o título: “Invasão do peixe leão, Pterois volitans (Linnaeus, 1758), em habitats estuarino e costeiro em unidade de conservação no Delta do Parnaíba” o trabalho foi publicado neste mês de dezembro de 2023.
O peixe-leão não é nativo do litoral brasileiro e começou a surgir em janeiro de 2022 nas praias brasileiras no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, e depois em março de 2022 foram capturados dois animais na Praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia.
Desde o seu surgimento no litoral piauiense, ela tem sido encontrada próximo às bombas de captação de água de fazendas de camarão. A orientação é que em casos de captura dos animais, pescadores e mergulhadores devem entrar em contato com autoridades e não os devolva ao mar.
Os animais estão sendo monitorados pela UFDPar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no litoral do estado.
Além da professora Edna, também colaboraram no trabalho os professores da UFDPar Cezar Fernandes, doutor em Recursos Pesqueiros e Aquicultura; Thiago Silva, doutor em Aquicultura; o técnico Luiz Gonzaga, doutor em Biotecnologia; e os pesquisadores e egressos do curso de Engenharia de Pesca, Antônio Leonildo e Juliana Isis.
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