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22 de dez. de 2023

NFL desembarca no Brasil em 2024 e São Paulo foi escolhida para sediar partida da liga americana



Por Marcella Lourenzetto e Juliana Alves — São Paulo


22/12/2023 08h09 Atualizado há 5 horas



A liga nacional de futebol americano se prepara para desembarcar no Brasil em 2024. A novidade deixou os fãs brasileiros da NFL ansiosos. O engenheiro de software Edson do Santos é fã do Green Bay Packers e está muito contente com a novidade. “Principalmente por São Paulo sediar a partida”, conta.


“A gente tá muito [ansioso], muito, muito, muito. A gente quer que lancem as informações logo, queremos tentar o primeiro lugar da fila”, diz o advogado Augustho Carapiá, que já faz planos com a esposa, também torcedora do Pittsburgh Steelers.



“Bem feliz, animada de talvez poder ver ao vivo. Vai ser muito legal”, afirma a engenheira Isabel Costacurta. Já o Nicola Ferreira, nunca imaginou que um dia o Brasil receberia um jogo da temporada regular da NFL: “É uma ansiedade gigantesca”.


O local escolhido para a partida foi a Neo Química Arena, o estádio do Corinthians, em São Paulo. O clube paulista vai receber 750 mil dólares, cerca de 3 milhões e seiscentos mil reais, para sediar o jogo. A prefeitura de São Paulo espera um impacto econômico de U$60 milhões, além da criação de 5 mil empregos diretos e indiretos.




Iniciativa não é nova




Desde 2007, a iniciativa NFL International Series leva jogos da liga para outros países, com o objetivo de popularizar o esporte. Locais como Londres, Frankfurt, Cidade do México e Munique já receberam jogos da liga norte-americana. Na América do Sul, o país escolhido para a primeira partida da história foi o Brasil.



Mas, por quê? A presidente da Confederação Brasileira de Futebol americano, Cristiane Kajiwara, explica:



“Em número de fãs da NFL, o Brasil realmente está atrás apenas de EUA e México. Então, a escolha é por isso. Eles têm feito vários estudos ao longo dos anos e chegaram à conclusão de que o mercado brasileiro é muito propício. Já não é de agora que a NFL vem ‘namorando’ o Brasil pra esse jogo. Há anos eles vêm procurando, coletando informações, fazendo visitas em estádios…”. Kajiwara conta que o país é um dos principais mercados de captação de novos negócios e receitas.




Para Cléo Dias, gerente da loja Sport America, que vende produtos licenciados pela NFL no Brasil, medidas recentes ajudaram a popularizar a liga no país.


“Sempre tivemos essa ‘dor’, digamos assim, de a NFL ser uma liga elitizada, com produtos importados e caros. Então, no ano passado, a partir do momento que fecharam acordo com uma rede de TV aberta para a transmissão, e que a gente conseguiu trazer peças 100% nacionais com preços acessíveis, tudo isso contribui para o crescimento da liga aqui no Brasil. A gente tá dando muito mais acesso a produtos e à informação”.


O famoso Super Bowl, a final do campeonato da NFL, é o evento de maior audiência da TV americana e tem reflexos no Brasil, muito por causa dos shows no intervalo. Os artistas mais consagrados da música internacional já passaram pelo "halftime". Entre os nomes estão Michael Jackson, Madonna, Paul McCartney, Rolling Stones, Beyoncé e Rihanna.

Quarterback do Kansas Chiefs, Patrick Mahomes, comemora título do Superbowl. — Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP



“A NFL considera todo o entretenimento, tudo o que acontece em volta, em torno do jogo”, destaca a presidente da CBFA, Cristiane Kajiwara.


Para ela, a NFL não trata os jogos apenas como esporte: “A pessoa pode até não gostar tanto da NFL, mas quer ir para estar com a família, para ver o show do artista favorito, para o entretenimento…”.


Sobrou até para a cantora Taylor Swift nessa jogada. “Ela começou a namorar um jogador, o Travis Kelce, do Kansas City Chiefs, e aí isso repercutiu de forma muito grande. E a própria NFL usou isso a favor. Então, com certeza, isso influencia e faz mais pessoas se interessem pelo futebol americano”, conta Kajiwara.




Quais times devem jogar?




A grande expectativa é saber qual time da liga americana vai pisar em solo brasileiro. New England Patriots, time do astro Tom Brady, ex-marido da modelo Gisele Bündchen, tem a simpatia de muitos brasileiros. Isso é importante, porque a NFL propõe a exploração para quem tem mais histórico com o país.


O diretor do time brasileiro de futebol americano Corinthians Steamrollers, Ricardo Trigo, explica que por trás de partidas no exterior, há uma estratégia de marketing tanto da liga, quanto dos times.



“A NFL propõe: ‘Quem quer explorar lá? Quem tem mais a simpatia deste país?’. Então tudo vai da identidade que a franquia NFL tenha com o país. Quem tem o direito da exploração do mercado brasileiro hoje é o Miami Dolphins, então todo mundo acredita que serão eles. Por enquanto só o Miami Dolphins está por aqui explorando, mas eu acredito que nas próximas reuniões muita gente vai querer estar aqui”, diz Ricardo Trigo.




“Finalmente a NFL vai levar um jogo para o Brasil e eu fico na torcida para ser o Bears, meu time. Eu preciso estar nessa festa de qualquer forma”, torce Cairo Santos, o único brasileiro que atualmente joga na NFL. “É um sonho realizado pra muita gente, eu não vejo a hora de fazer isso acontecer”, completa.



Cairo é kicker do Chicago Bears e já tem a própria torcida. Ele começou a carreira quando foi fazer intercâmbio para estudar nos Estados Unidos. Jogador de futebol, Cairo foi praticamente descoberto pelos amigos e investiu na nova carreira, que o ajudou a entrar na universidade.


“Sinto uma honra enorme de representar o Brasil e tentar ajudar nesse crescimento e influência e trazer o jogo cada vez mais perto dos brasileiros”, revela.


No Brasil, o esporte começou em 1986, nas praias do Rio de Janeiro, ainda tímido, e hoje é uma modalidade em ascensão. Atualmente são mais de 160 times de futebol americano no país. Entre eles estão nomes já conhecidos dos brasileiros, como Flamengo, Vasco e Corinthians.


Além da torcida interna, são mais de 33 milhões de brasileiros fãs dos times lá de fora.


O advogado Augustho Carapiá torce pelo Pittsburgh Steelers e sempre quis ver de perto um jogo da liga americana. Agora vai ter a oportunidade: “A gente sempre sonhava em juntar dinheiro e ir pra Pittsburgh ver um jogo lá. Nunca passou pela minha cabeça que a gente pudesse ver um jogo aqui no Brasil. Mesmo que não seja o Pittsburgh Steelers, muito provavelmente vai ser o Miami Dolphins, a gente pagaria porque vai ser aquela experiência que a gente vai viver aqui no Brasil, não precisa gastar todo aquele dinheiro nos Estados Unidos só pra conseguir ver”.


Além do jogo em São Paulo, outras quatro partidas serão disputadas fora dos campos americanos: três em Londres e uma na Alemanha. Os detalhes ainda não foram divulgados, mas já é possível ter algum spoiler.


As partidas internacionais costumam ocorrer nas primeiras semanas da temporada regular: entre o fim de setembro e o início de novembro. Por aqui, a chance é de ser em uma janela de Data Fifa, quando os campeonatos ficam parados no Brasil.





Quanto devem ser os ingressos?




As vendas de ingressos e os valores também não foram divulgados. Mas, para se ter uma ideia, usando como base os últimos jogos internacionais em 2023, os bilhetes variavam entre 75 € e 255 € na partida em Frankfurt, na Alemanha. Algo em torno de quase R$350 a R$1215.


“Provavelmente o ingresso vai ser caro, mas eu estou disposto a deixar dinheiro nesse jogo porque é uma experiência única na vida, super legal”, adianta o torcedor do Green Bay Packers, Nicola Ferreira.


Para ele não importa o time em campo, ele quer marcar presença no Itaquerão. “É muito ver a NFL vindo pra o Brasil e mais pessoas se encantando pelo esporte”.


Quem quiser receber informações sobre o jogo da NFL no Brasil já pode preencher um formulário disponível no site nfl.com/saopaulo.

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