Brasil bate recorde de mortes por dengue em 2023

Por Deborah Fortuna

Mosquito transmissor da dengue, Aedes Aegypti. — Foto: Pixabay

O Brasil registrou neste ano 1.079 de mortes por dengue. Os dados foram divulgados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação.

Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e se referem até o dia 27 de dezembro. Até então, o maior número de óbitos no período de um ano tinha sido registrado no ano passado, quando foram contabilizadas 1.053 mortes. Em seguida, aparece o ano de 2015, quando 986 pessoas morreram pela doença.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que com a previsão do aumento do número de casos nessa época do ano, mais 11 mil profissionais de saúde foram capacitados para manejo, clínico, vigilância e controle de arbovirose, que são essas infecções causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos.

A pasta também informou que repassou 256 milhões de reais para todo o país para reforçar o enfrentamento da doença. O Ministério da Saúde também ressaltou que decidiu, na semana passada, incorporar a vacina contra a dengue no sistema único de saúde. A vacina deve estar disponível em fevereiro.

A infectologista, Joana Darc reforçou a importância da incorporação da imunização, nesse caso, mas sempre associada a outros meios de prevenção da doença.

Apesar do anúncio da incorporação ao SUS, o governo ainda não anunciou quais serão as prioridades. Em nota, a pasta informou que a vacinação será focada em público e regiões prioritárias e que Programa Nacional de Imunizações vai definir a melhor estratégia de utilização do banco quantitativo disponível, como o público alvo e regiões com maior incidência da doença para aplicação das doses.

A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro. A pasta ainda informou que instalou uma sala nacional de arboviroses, um espaço permanente para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, de Chikungunya e Zica, para eventual alta de casos nos próximos meses.

Para evitar o agravamento de casos, o Ministério da Saúde orienta que a população busque o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas.