Por Bárbara Rodrigues
Atualizada às 10h50
A Polícia Civil está realizando, na manhã desta sexta-feira (10), mais uma fase da Operação Interditados VII. Cerca de nove lojas que vendem celulares e produtos eletrônicos estão sendo alvos da operação.
O objetivo da operação é coibir a venda de celulares roubados. Durante as outras fases da operação, empresários chegaram a ser presos, e vários celulares roubados foram recuperados e restituídos. A operação também já identificou anteriormente lojas vendendo aparelhos roubados com nota fiscal falsa.
O foco são lojas localizadas em bairros da cidade de Teresina. Nessa etapa, nenhuma loja do Shopping da Cidade está sendo alvo.
Equipes da Receita Federal também participam da operação.
O gerente da Força Estadual Integrada de Segurança Pública do Piauí (FEISP), o delegado Felipe Bonavides, explicou que foram cumpridos nove mandados em lojas e três em residências. Em uma das residência foram encontradas seis armas.
"São nove lojas, 12 endereços, pois temos mandados em residências também, é mais uma etapa no combate a estabelecimentos comerciais que vendem aparelhos celulares oriundos de roubo e furto. São muitos aparelhos que a gente tem que checar o IMEI, os nossos registros para saber se eles têm alguma relação de roubo e furto. Então, a etapa de hoje é de busca para arrecadação de objetos que serão posteriormente analisados. Mas, por exemplo, a Receita Federal está aqui hoje também, porque existe em paralelo os crimes de descaminho. Por isso a atuação conjunta com a Receita Federal", afirmou o delegado.
As lojas envolvidas terão suas atividades suspensas. "Todas as lojas da operação de hoje foram determinadas a suspensão temporária das atividades e aí ao fim do período destacado pelo juiz, será reavaliada se essas lojas vão poder voltar a operar, funcionar ou não", informou.
Um dos empresários já é reincidente. "Tem um dos alvos que já foi uma segunda autuação dele, inclusive foi pedida a prisão preventiva, mas no momento não foi concedida, então não estamos cumprindo mandado de prisão hoje, mas já temos provas a respeito da venda desses produtos", explicou.
O auditor fiscal da Receita Federal, Eduardo Leite, explicou que será apurado se as lojas também estão envolvidas no crime de descaminho.
"A Receita Federal tem trabalhado incansavelmente no combate a contrabando de descaminho. Vários produtos comercializados nas lojas em Teresina, em especial celulares, eles não têm a comprovação da entrada regular no país. Então esses objetos são considerados descaminhados, que é crime. A Receita Federal tem dado apoio à Polícia Civil na busca desses aparelhos que entraram irregularmente. Em especial nessa loja [no bairro Dirceu], nós encontramos dois aparelhos somente, aparelhos novos, mas a operação é muito extensa, então ela tem outros alvos buscando também esse tipo de crime", informou.
O delegado Felipe Bonavides explicou que a entrada ilegal de produtos no país também é alvo da ação. "Muitos dos produtos não têm relação de roubo e furto, mas entram no país de forma ilegal, sem pagar os impostos gerando uma concorrência desleal com aquela pessoa que está vendendo produto original e pagando impostos. Então, por isso, essa atuação conjunta, sempre conjunta da Polícia Civil com a Receita Federal para fim de combater o crime em todas as suas modalidades", destacou.
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