Por Rebeca Lima e Francisco José (TV Cidade Verde)
Golpistas vêm utilizando marcas de empresas para enganhar o consumidor com o golpe do boleto falso. A advogada Érika Lima foi uma das vítimas e contou à reportagem que não desconfiou das mensagens no WhatsApp devido à credibilidade que o criminoso passou com o uso de logotipos e informações de pagamentos. Ela relatou ainda que o golpista chegou a debochar dela quando foi cobrar o pagamento de um segundo boleto.
“Quando a gente entra, não tem como a gente desconfiar. Você entra no WhatsApp, tem o logotipo no perfil; esse logotipo faz dar mais credibilidade à conversa que você tem com o fraudador, e quando você pede, ele manda o boleto perfeito que você paga. No mês seguinte, ele já cobra de novo. Quando ele me cobrou de novo, aí eu comecei a desconfiar e disse que não ia pagar. Ele ficou me cobrando o comprovante, e foi quando eu verifiquei que tinha algo errado. Quando eu disse que não ia pagar, ele botou um sorriso e disse: ‘Coitada, achei que você ia cair de novo no golpe’”, contou a vítima.
Diante da situação, o MPPI deve realizar uma audiência online nesta quarta-feira (22), às 13h, com as vítimas. Érika Lima acrescentou que conseguiur reunir mais de 500 pessoas que caíram nesse mesmo tipo de golpe.
A Federação Brasileira de Bancos explica que o emissor do boleto falso pode ter várias informações sobre os dados pessoais da vítima, o que torna a conversa muito semelhante a um atendimento comum.
Já o boleto pode chegar por diversos meios, como correspondência bancária, em formato eletrônico, mensagens de SMS, WhatsApp e e-mail, que direcionam a sites falsos e que fazem, na sequência, o download de uma fatura forjada. Quando o cliente efetua o pagamento, o valor é direcionado para a conta do fraudador, ao invés do verdadeiro credor.
Polícia Civil abre investigação e faz alerta
Com o crescimento do número de vítimas, o delegado-titular da Delegacia de Combate aos Crimes de Internet, Humberto Mácola, revela que uma investigação já foi instaurada para apurar o caso.
“Nossas investigações já estão em andamento; nós já temos algumas pessoas como foco e é muito importante esse trabalho da mídia para que você que foi uma vítima nos procure que nós já estamos cientes dessa situação”, disse.
O delegado destaca ainda que os criminosos se utilizam da credibilidade de empresas que prestam serviços essenciais, como concessionárias de energia, telefonia, internet e até planos de saúde. Ele recomenda bastante atenção antes de realizar qualquer pagamento.
“Nós sempre recomendamos que você tenha o cuidado da autenticidade para quem você está realizando o pagamento. Então, procure sempre o site oficial da empresa; procure sempre a empresa fisicamente. Não clique em links falsos ou abordagens deliberadas de pessoas se dizendo ser da empresa. No momento do pagamento, você precisa buscar o canal oficial da empresa”, finalizou.
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