Por Rebeca Lima
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), uma operação para desarticular um esquema criminoso especializado na execução de fraudes previdenciárias, que utilizava documentos falsos para obtenção de benefícios de aposentadoria por idade de trabalhador rural. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Teresina, na cidade de Timon (MA) e Mossoró (RN).
De acordo com a PF, a investigação teve início após a apreensão de uma série de documentos com sinais de falsificação e preparação para fraudes previdenciárias feita pela Polícia Civil durante um caso de homicídio ocorrido em 2016 na capital do Piauí. O material foi encaminhado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina.
No decorrer das investigações, foram identificados 347 benefícios atrelados ao esquema, e foram coletados indícios de participação de dois servidores do INSS e um empregado público da INFRAERO, suposto líder do grupo criminoso.
Para os benefícios com indícios de fraude, foi constatado o prejuízo aproximado de R$ 47 milhões. A PF acrescentou ainda que, após a revisão administrativa por parte do INSS e a cessação destes pagamentos, haverá uma economia aos cofres públicos superior a R$ 73 milhões.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupção passiva e ativa.
O nome da operação "Falsa Chancela" foi escolhido em razão dos documentos preparados pelo esquema criminoso conterem selos falsos de fiscalização e autenticação utilizados por Cartórios. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Teresina e mobilizaram 28 policiais federais.
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