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30 de out. de 2023

Dono e funcionária de farmácia relatam tensão após bandido fazer reféns durante assalto na zona Sul

 Por Bárbara Rodrigues 

O proprietário e a funcionária de uma farmácia relataram os momentos de tensão ocorridos no estabelecimento após um bandido fazer reféns no último sábado (28) na Rua Irmã Alzira de Carvalho, no bairro Bela Vista III. O bandido identificado como Raifran Oscar de Sousa Oliveira, de 29 anos, morreu no domingo (29) após ser baleado por uma equipe da Polícia Militar.

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O proprietário da farmácia, Francisco Cristiano da Silveira e Silva, de 36 anos, afirmou que uma funcionária estava com a sobrinha e uma cliente quando Raifran Oscar entrou no estabelecimento pedindo um medicamento controlado e também itens de higiene.

"Ele entrou. Imediatamente, ele já fechou a porta e disse que era um assalto. Depois, disse que queria um medicamento controlado, chamado Clonazepam, mas a gente não vende. Depois ele colocou em uma sacola dinheiro e alguns produtos de higiene, momento em que chegou a equipe da Polícia Militar. Aqui sempre passam viaturas, e eles perceberam o que estava acontecendo. Foi quando começou a negociação, porque ele não queria liberá-las", relatou Cristiano.

Foto: Bárbara Rodrigues/Cidadeverde.com 

A funcionária que estava no local, e preferiu não se identificar, afirmou ao Cidadeverde.com que quando a polícia chegou, começou a negociação. As vítimas aproveitaram uma distração de Raifran para se esconderem em um banheiro.

"Quando os policiais chegaram aqui, negociaram muito com ele, mas ele não queria se entregar. Quando ele virou para os policiais e apontou a arma para lá, nós entramos no banheiro. Foi quando começaram os tiros. Ele tentou sair por uma porta falsa, não conseguiu, e depois entrou no banheiro onde a gente estava. Ele pediu para a cliente ir falar com os policiais, e dizer para os policiais não matarem ele, porque era uma pessoa de bem. Até que ela disse para a gente correr, e nós saímos correndo e ele ficou lá. Me escondi em outra loja, e continuaram os tiros", informou a funcionária.

Raifran acabou sendo atingido com um disparo no abdômen e morreu ontem no HUT.

Emocionada, a funcionária da farmácia afirmou que está muito assustada com toda a situação. "Foi horrível, uma coisa que nunca pensamos que vai acontecer conosco. É complicado, mas a gente tem que seguir a vida", disse chorando. Ela ainda revelou que não sabe bem o que pensar sobre a morte do assaltante. "Não sei como explicar, poderia ter sido eu, a minha sobrinha ou a cliente. Se a arma não fosse de brinquedo, como seria? Então é difícil", declarou.

 

 

Devido aos tiros, o local ficou bastante danificado. A porta e as prateleiras, que são de vidro, foram destruídas. Os tiros atingiram paredes, uma bíblia, documentos e produtos do estabelecimento que funciona há dois anos. Esse foi o primeiro assalto que o local enfrentou.

"Graças a Deus, foi só o mesmo material, e aí a gente vai recuperando ao longo do tempo e aos poucos. O psicológico está abalado. Só temos mesmo que levantar a cabeça e seguir em frente. Porque a insegurança vai acontecer, pode acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar. Ele já vinha de outras ações, já tinha roubado uma moto e deixado na praça. Quando ele veio para cá, já tinha feito um assalto e estava com três celulares roubados. Parecia que ele não estava muito bem. Estava muito alterado", afirmou.

Após o caso, as vítimas e os policiais tiveram que prestar depoimento na Corregedoria da Polícia Militar, e as armas dos policiais foram recolhidas. O bandido estava utilizando uma arma de brinquedo quando fez as vítimas reféns.

 

 

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